São Paulo — A Justiça de São Paulo aceitou uma nova denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o ex-BBB Felipe Prior, em mais um processo pelo crime de estupro. Na última terça-feira (10/9), a Justiça manteve a condenação do arquiteto por estupro em segunda instância em outro processo, de 2014, aumentando a pena de seis para oito anos em regime semiaberto.
A denúncia do MPSP foi oferecida em maio de 2023 e aceita pela Justiça em junho de 2023. A violência sexual teria acontecido dentro de uma barraca em 24 de fevereiro de 2015, quando Felipe Prior e a vítima estiveram no Carnaval Oba, na Rodovia Euclides da Cunha, em Votuporanga, no interior de São Paulo.
Atenção: o texto a seguir contém trechos descritivos que podem provocar gatilhos emocionais.
No documento, obtido pela coluna de Gabriel Perline do portal Contigo!, é descrito que Prior e a vítima “ficaram hospedados na mesma casa com várias pessoas”, e o “acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca”.
Ao chegarem ao alojamento, Felipe Prior tirou rapidamente suas roupas íntimas e “forçou a cabeça da ofendida contra seu pênis para que ela fizesse sexo oral, sendo que o pênis do acusado chegou a tocar na boca da vítima”. Mesmo dizendo que não queria o ato sexual e empurrando o ex-BBB para longe, ele usou sua força física para deitar-se em cima dela, “colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis”.
“A ofendida disse não, que não iria transar com o acusado, sendo que ele não a ouvia e usou a força do peso do corpo dele, a configurar a violência, mantendo a ofendida imobilizada, para penetrar seu pênis na vagina da vítima, que sentiu dor, diante da total ausência de lubrificação”, continua o texto.
“O acusado, então, retirou a camisinha e novamente forçou a penetração do seu pênis na vagina da vítima, sendo que a vítima dizia que não queria, mas ele não escutava, nem parava. A vítima ficou paralisada e não conseguiu chutá-lo, nem ter uma reação violenta para livrar-se dele”, relata o documento.
“Uma amiga da vítima veio em direção à barraca, chamando pela ofendida, quando, então, a vítima conseguiu empurrar o acusado, mandando-o embora. Ele esbravejou, mas saiu, levando a calcinha da vítima consigo. A vítima somente conseguiu revelar os fatos anos depois”, diz a denúncia.
Na ação, ainda há o relato de três testemunhas em reforço da versão da vítima.
Em depoimento, Felipe Prior confirmou praticou sexo com a vítima, mas negou o emprego de violência e afirmou que a relação sexual foi consentida. As informações são do G1.
O Metrópoles procurou a defesa de Felipe Prior, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.
Fonte: Oficial