São Paulo — O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, admitiu a aliados, em evento na noite dessa quarta-feira (18/9), que precisa ajustar o discurso para atrair o eleitorado feminino. O influenciador disse que a “rispidez” adotada em alguns momentos da campanha pode ter “assustado” mulheres.
As declarações foram dadas em uma pizzaria no Jardim Europa, zona oeste da capital, durante encontro com empresários e entidades que representam moradores dos bairros da região. Candidatos a vereador pelo PRTB e integrantes do partido também estavam presentes.
De pé em um balcão, Marçal discursou e respondeu a questionamentos feitos pelos apoiadores sentados às mesas. Ele disse que, apesar do tom beligerante adotado em diversos momentos da campanha, suas afirmações têm embasamento. Perguntado sobre as mulheres, falou em adotar uma nova postura.
No debate da RedeTV/ UOL, na última terça-feira (17/9), o influenciador pediu desculpas à candidata do PSB, Tabada Amaral, por dizer, semanas atrás, que ela era a culpada pelo suicídio do pai, que era dependente químico. “Realmente fui injusto na história do seu pai. Eu realmente fui injusto com a Tabata, eu passei do limite”, disse Marçal no debate.
O gesto do candidato do PRTB foi visto por aliados como a primeira sinalização dessa mudança de comportamento em relação ao eleitorado feminino. O ataque a Tabata foi, segundo eles, um dos fatores responsáveis por afastar o apoio de mulheres.
Mesmo nas pesquisas em que aparece à frente, Marçal tem alta rejeição entre o eleitorado feminino. No levantamento do Instituto Veritá divulgado na segunda-feira (16/9), ele lidera com 32,1% no geral, mas tem 24,4% entre as mulheres.
Já na pesquisa Datafolha de 12/9, Marçal tem apenas 13% do eleitorado feminino. Guilherme Boulos (PSol) e Ricardo Nunes (MDB) aparecem com 26%. Na Quaest mais recente, por sua vez, o ex-coach tem 17% entre as mulheres, Nunes tem 25% e Boulos, 20%.
No evento dessa quarta-feira, Marçal disse, sem entrar em detalhes, que cometeu erros no passado “por imaturidade” e por não avaliar para quem prestava serviço.
Fonte: Oficial