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Deyverson entra, define vitória sobre o Fluminense e leva Atlético-MG à semi da Libertadores

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Deyverson entra, define vitória sobre o Fluminense e leva Atlético-MG à semi da Libertadores

Atual campeão da Copa caiu em Belo Horizonte após ser dominado pelo Galo e apostar na força da defesa para a classificação

ALLAN CALISTO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOAtacante entrou após lesão de Bernand e virou héroi mais uma vez

Deyverson já foi herói de título da Libertadores com o Palmeiras e agora se consagra ao levar o Atlético-MG para a semifinal da competição intercontinental. O atacante entrou no fim do primeiro tempo diante do atual campeão Fluminense, nesta quarta-feira, por causa de lesão de Bernard, anotou os dois gols do triunfo por 2 a 0 e saiu de campo ovacionado na Arena MRV, em Belo Horizonte. Em jogo no qual foi superior o tempo todo, perdeu pênalti, carimbou a trave e viu Fábio realizar grandes defesas, o Atlético-MG derruba o atual campeão com gol já no fim e de um herói improvável.

Deyverson vinha atuando pouco no Atlético-MG. E sem aproveitar as oportunidades. No fim de semana, desperdiçou uma penalidade no começo diante do Red Bull Bragantino e pediu desculpas à torcida. Mas se redimiu naquela vitória por 3 a 0 ao deixar sua marca. Nesta quarta, mostrou que não veste a camisa 9 à toa, ao deixar sua marca duas vezes e mostrar porque é ídolo por onde passa, não apenas pela reverência, mas também por gols importantes e decisivos.

Com 100% de aproveitamento na atual edição da Libertadores atuando como mandante em sua casa, o Atlético-MG entrou em campo na Arena MRV sob o lema da conquista de 2013, quando revirou as séries da semifinal contra o Newell’s Old Boys após levar 2 a 0 na Argentina e na final contra o Olimpia, também vindo de 2 a 0 no Paraguai. Aos gritos de “eu, acredito”, a torcida incentivava a equipe a buscar a reviravolta depois de levar 1 a 0 no Maracanã.

Atual campeão, o Fluminense se amparava na força da defesa com Thiago Silva – o capitão se recuperou das dores no calcanhar e foi escalado – e nos contragolpes para tentar segurar a vantagem do empate e até mesmo tentar ampliá-la. O jogo começou com o Atlético partindo para o sufoco e não demorando a ter a primeira oportunidade, em pênalti por toque de mão de Arias após cruzamento de Arana.

Apesar da revolta dos cariocas, o árbitro colombiano confirmou a penalidade. Hulk ajeitou com carinho, mas bateu colocado, sem força, nas mãos de Fábio. Os companheiros deram apoio ao cabisbaixo atacante, que colocou a mão esquerda no rosto, incrédulo com o erro. Com muita conversa e gestos, os jogadores procuravam acertar o posicionamento para buscar o gol. A ordem era manter a pressão. Scarpa bateu cruzado, muito perto do alvo. E também saiu lamentando.

O domínio era gigante dos mineiros, mas com pontaria falha. Hulk mandou na rede pelo lado de fora aos 19, arrancando grito de gol de alguns torcedores. Quase enganou, também, o técnico Gabriel Milito. Sem passar do meio, o Fluminense tinha até Arias ajudando na marcação, quase dentro da área.

A primeira finalização dos cariocas surgiu apenas no meio da primeira etapa e sem perigo, com Kauã Elias acertando na marcação. Após a cobrança do escanteio, Thiago Silva cabeceou por cima.

Antes do intervalo, o Atlético-MG ainda reclamou de novo pênalti, desta vez de Thiago Silva – Paulinho chutou e a bola bateu no braço do zagueiro, que estava muito próximo -, viu Battaglia mandar uma bomba de fora da área e carimbar a trave, além do capitão carioca desviar a finalização de Arana que ia para o gol.

O tão buscado gol do Atlético veio aos quatro minutos da etapa final. Substituto de Bernard, machucado, Deyverson aproveitou o cruzamento de Scarpa, desta vez aberto na esquerda, para cabecear às redes. O jogo ficou aberto. Bernal perdeu de um lado e Scarpa mandou para fora do outro.

Com a vantagem mínima para os mineiros, a definição estava indo aos pênaltis. As equipes, porém, queriam o gol da vaga. Paulinho, na pequena área e sozinho, mandou para o alto em mais um lance incrível desperdiçado.

Indignado com a atuação da equipe, massacrada e pouco produtiva, Mano Menezes resolveu reforçar a defesa com linha de cinco. Marcelo entrou com ala, com Antônio Carlos aumentando o número de zagueiros. Nem bem fez a troca e quase levou o segundo. Fábio voou e salvou.

O atual campeão jogava como time pequeno, acuado em Belo Horizonte. Mesmo não tendo mais a vantagem do empate, continua medroso e se apegando à oportunidade de pênaltis. Com o reforço na defesa, parou de sofrer tanto. O Atlético já não conseguia finalizar e começou a apostar nos chuveirinhos para Deyverson.

Depois de imprimir enorme intensidade, os mineiros pareciam desgastados. Tinham 10 minutos para buscar uma vaga direta enquanto os cariocas mostravam enorme garra para se superar. Paulinho teve chance clara no fim e voltou a falhar. Mas Deyverson tratou de ser o herói ao anotar o segundo, da vaga, da festa mineira, aos 42, escorando cruzamento de Hulk.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG X FLUMINENSE

ATLÉTICO-MG – Everson; Lyanco, Junior Alonso, Battaglia e Guilherme Arana; Fausto Vera, Alan Franco, Bernard (Deyverson) e Gustavo Scarpa (Igor Rabello); Hulk e Paulinho (Rubens). Técnico: Gabriel Milito.

FLUMINENSE – Fábio; Samuel Xavier (Guga), Thiago Silva, Thiago Santos e Diego Barbosa (Marcelo); Bernal, Martinelli, Ganso (Lima), Arias e Serna (Antônio Carlos); Kauã Elias (Cano). Técnico: Mano Menezes.

GOLS – Deyverson, aos quatro e aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Hulk, Bernard, Deyverson (Atlético-MG) e Fábio, Martinelli e Bernal (Fluminense).

ÁRBITRO – Wilmar Roldán (COL).

RENDA – R$ 3.782,448,90.

PÚBLICO – 43.659 presentes.

LOCAL – Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller

Fonte: Oficial