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bancos propõem a Haddad limitar Pix

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30% dos brasileiros fizeram empréstimos para pagar apostas

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) propôs, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 2, que seja suspenso temporariamente o uso de transferências instantâneas, como o Pix, para o pagamento de apostas on-line.

A entidade sugeriu que essa medida poderia ajudar a conter o aumento do endividamento causado pelo jogo, que afeta muitos brasileiros. Como alternativa, a Febraban indicou a possibilidade de impor limites ao uso do Pix. Também sugeriu restrições para outros meios de pagamento instantâneos, especialmente em transações relacionadas a apostas.

Em entrevista a jornalistas, o presidente da intituição, Isaac Sidney, destacou que já adotam essa prática de limitar as transações em outros contextos. Ele citou como exemplo o horário noturno, entre 20h e 6h.

Restrições para reduzir impacto financeiro

A proposta de restrições para o uso do Pix em apostas on-line visa a redução do impacto financeiro que o jogo pode causar nas famílias. Além disso, ele mencionou a necessidade de criar uma força-tarefa composta por representantes do governo e do setor produtivo.

O grupo analisaria os impactos socioeconômicos das apostas on-line. Também estudaria formas de mitigar os problemas relacionados ao uso excessivo de plataformas de jogos e apostas.

Durante a reunião, Sidney reforçou a importância de tomar medidas preventivas para evitar o agravamento do endividamento familiar no Brasil. Ele enfatizou que ainda não tomaram nenhuma decisão concreta, embora tenham usado a reunião como espaço para discutir alternativas.

Cabe ao governo, segundo ele, analisar o diagnóstico que está sendo feito por órgãos governamentais. Além disso, o Poder Executivo deve avaliar as sugestões de diversos setores. Somente depois dessa análise, qualquer medida poderá ser adotada.

Uma das preocupações mencionadas pela Febraban envolve o uso do Pix por beneficiários de programas sociais para fazer apostas. Sidney já havia levantado essa questão em entrevista anterior ao jornal Folha de S.Paulo, onde defendeu que pelo menos fosse proibido o uso do Pix para apostas por parte desse grupo.

Proposta visa proteger famílias vulneráveis contra atividades de apostas

A proposta tem como objetivo proteger indivíduos mais vulneráveis financeiramente de se envolverem em atividades de apostas, o que poderia agravar sua situação econômica.

A Febraban defende que é necessário estudar cuidadosamente qualquer decisão. A entidade considera o impacto potencial tanto no mercado financeiro quanto na vida das famílias brasileiras.

“Cabe ao governo, diante diagnóstico que está fazendo, da visão de outros órgãos governamentais e de outros setores tomar a decisão para evitar que haja uma deterioração dos níveis de endividamento das famílias”, disse Sidney.

Fonte: Oficial