As baterias de íons de lítio estão cada vez mais baratas. Em uma década, a média global do preço da célula saiu de US$ 290 por kWh em 2014 para US$ 103 por kWh em 2023. Em 2024, ainda sem que o ano tenha acabado, o preço médio no acumulado do ano é de US$ 78 por kWh. Os dados são da BloombergNEF e da Benchmark Mineral Intelligence, e foram divulgados pelo portal Visual Capitalist.
A queda de preços é impulsionada por um excesso de materiais para baterias, especialmente o lítio, já que o aumento na nova produção superou a demanda. Os preços do lítio caíram quase 90% desde o pico no final de 2022. O aumento da oferta foi maior até mesmo que a procura por veículos elétricos, provocando o encerramento de algumas minas de lítio e conduzindo a reduções significativas de custos na produção de baterias.
Embora as vendas de VE tenham desacelerado em algumas regiões, a expectativa é que a procura global por baterias de armazenamento de energia aumente a longo prazo. A previsão da BloombergNEF é que haja um aumento de nove vezes na procura de baterias de íons de lítio até 2040. De acordo com a empresa, o aumento deve ser impulsionado pela crescente adoção de veículos elétricos e pela mudança mais ampla para o armazenamento de energias renováveis, como a solar.
Confira a evolução dos preços das células de bateria de íons de lítio na última década:
Ano = Média global de preços da célula (US$/kWh)
2014 = US$ 290
2015 = US$ 230
2016 = US$ 180
2017 = US$ 140
2018 = US$ 128
2019 = US$ 120
2020 = US$ 110
2021 = US$ 99
2022 = US$ 129
2023 = US$ 103
2024 (acumulado do ano) = US$ 78
China domina o mercado
A China emergiu como a maior potência do mercado mundial de baterias. Até 2030, a expectativa é que fabricantes chineses como CATL e BYD controlem quase 70% da capacidade global das baterias.
A rápida expansão na produção contribuiu para o atual excesso de oferta de baterias, reduzindo ainda mais os preços. No entanto, as perspectivas para a indústria de baterias permanecem em alta. Afinal, à medida que os preços continuam a cair, os veículos elétricos se tornam mais acessíveis, impulsionando a adoção pelos consumidores.
Os avanços tecnológicos e o aumento da capacidade de produção em regiões como os EUA e a Europa também apoiarão o crescimento a longo prazo.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: Oficial
