A letra e a melodia do filme Bye Bye Brasil do início da década de 80 do século passado começou a tocar em minha cabeça – como um disco riscado – quando cheguei em Altamira, no Pará, para participar do Chocolat Xingu neste mês de junho.
Por Paulo Atzingen, de Altamira, Pará*
Aquela imagem da Transamazônica desolada e poeirenta entre pés de castanheiras gigantes juntava-se às cenas épicas com os atores José Wilker e Betty Faria chegando no Rio Xingu em sua “Caravana Rolidai”.
Hoje a música, a paisagem e os personagens são outros, bem diferentes. A população de Altamira mudou, cresceu e a economia se diversificou. E isto pode ser verificado com a chegada da Hidrelétrica de Belo Monte e a mudança do modelo de exploração da terra, saindo de cena o protagonismo da pecuária extensiva pura e simples e entrando no palco a economia circular do cacau.
Uma outra Altamira
O micro-clima da região é adequado para a lavoura do Cacau. A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac – faz estudos científicos desde 1960 para o desenvolvimento de plantas híbridas, mais resistentes a pragas e mais produtivas. Esses estudos são compartilhados com os agricultores e produtores rurais. A região vive a mesma história percorrida pela cafeicultura e vinicultura brasileira. A mesma que busca grãos e frutos melhores, criando ao redor de si uma economia circular, ou seja, que respeita o ambiente, gera mais trabalho, renda e produtos que retornam para a comunidade que os produziu.
Próxima parada: Um almoço no Sítio Ascurra
*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO
Prefeito de Altamira (PA) fala sobre rota do Cacau e do Chocolate ao DIÁRIO