O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, registrou um crescimento de 0,8% em setembro, em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira, 14. No terceiro trimestre de 2023, o indicador também apresentou alta de 1,1% em comparação ao período anterior.
Em contrapartida, conforme informa o relatório XP Research, o “mercado segue à espera do pacote de corte de gastos”. A expectativa é de que, com base no arcabouço fiscal, o governo federal anuncie uma série de restrições nos gastos de ministérios.
O arcabouço define a política fiscal do governo, na qual os gastos não podem subir mais do que 2,5% ao ano acima da inflação. Também não podem ultrapassar 70% do aumento da receita. Pressionado, o governo busca alternativas para mostrar que está equilibrando as contas e respeitando os limites de gastos impostos por esta regra.
Enquanto isso não ocorre – a medida pode ser anunciada nesta semana – o Ibovespa fechou “praticamente de lado nesta quarta-feira, 13, com leve alta de 0,03%, aos 127.734 pontos”. De acordo com o relatório, foi revertida uma queda de 0,5% “sustentada por maior parte do pregão após falas do Ministro da Fazenda sobre cortes de gastos consideradas positivas.”
Metodologias diferentes para a prévia do PIB
Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o IBC-Br teve um crescimento de 4,7%. A projeção do mercado é de que o PIB brasileiro encerre 2023 com uma alta de 3,1%.
Já o BC prevê um crescimento de 3,2% para 2024, conforme seu mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No segundo trimestre de 2023, o IBGE apontou uma expansão de 1,4% no PIB.
Vale ressaltar que o IBC-Br e o PIB oficial, calculado pelo IBGE, utilizam metodologias diferentes da utilizadas pelo BC. O IBC-Br, por ser um indicador mensal, permite um acompanhamento mais ágil da atividade econômica, enquanto o PIB trimestral oferece uma análise mais abrangente do desempenho da economia do país.
Esses dados indicam que a economia brasileira continua a mostrar sinais positivos de recuperação e crescimento, com uma perspectiva otimista para o futuro próximo, embora com algumas incertezas no cenário global.
Fonte: Oficial