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Direito à leitura marca a abertura do Literatura em Movimento 2025 no Teatro Adamastor

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Direito à leitura marca a abertura do Literatura em Movimento 2025 no Teatro Adamastor

“Leitura: Direito de Todos” foi o tema do encontro com profissionais das escolas da rede municipal que aconteceu na manhã desta quarta-feira (16) durante a abertura oficial do evento Literatura em Movimento 2025 no Teatro Adamastor. O evento foi marcado por uma palestra com o ilustrador, muralista, roteirista, escritor, artista e pesquisador afrofuturista Henrique André Silva e a poeta e artista-educadora Janaú, bate-papo mediado pela coordenadora de Programas Educacionais da Secretaria de Educação, Érika Paulina dos Santos.

 

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Além de envolver toda a comunidade escolar e os profissionais que atuam nos espaços educacionais da rede municipal, a iniciativa da Prefeitura de Guarulhos objetiva assegurar a leitura e a literatura para todos. Nesse contexto, a primeira ação é assegurar o acesso ao livro, destacando o papel fundamental da cultura na formação das pessoas, independente da sua origem ou condição social. “A literatura tem o poder de nos conectar, de unir saberes e a própria diversidade de diferenças que compõem a nossa sociedade. Explorar diferentes gêneros literários e formas de leitura nos permite, de fato, maior compreensão de nós mesmos, dos outros e do mundo”, enfatizou Ana Paula Reis, diretora do Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas (Doep).

 

A abertura do Literatura em Movimento 2025 contou com a dramatização O Colecionador de Histórias, encenada em Libras pelos alunos surdos das classes bilíngues da EPG Crispiniano Soares e traduzida simultaneamente pelos educadores para o português oral. A apresentação abordou a relação das crianças surdas com o universo das palavras e as infinitas possibilidades de interação, imaginação e criatividade que as histórias lhes proporcionam, sobretudo em espaços como as bibliotecas.

 

“Literatura é ação, é movimento. Fico muito feliz com essa nova perspectiva de biblioteca, que deixou de ser um lugar trancado, onde os livros moravam sozinhos, isolados, de um silêncio absoluto para ser um lugar vivo, onde diversas formas de ler podem ser exercitadas por meio de jogos, brincadeiras, sinais e também de livros”, explicou o pesquisador Henrique André Silva.

 

Por sua vez, a educadora Janaú destacou a potência de Guarulhos enquanto território ancestral de muitos povos e mexeu com a memória e o imaginário do público com questionamentos sobre a cidade no século XV, sua temperatura, cheiro, paisagem, habitantes e histórias. “Literatura e memória me interessam muito e, se pensarmos que a literatura está viva em todos nós, de repente podemos ativar a memória deste país chamado Brasil e é justamente a literatura que nos dá uma pista sobre como encontrar o encanto que, às vezes, perdemos na nossa caminhada, o encanto pela vida, o encanto pelo mundo”, disse.

 

Durante todo o mês de abril o projeto Literatura em Movimento 2025 oferece intensa programação com palestras, contações de histórias, apresentações e uma série de atividades culturais que acontecem em diversos espaços públicos da cidade, em escolas, CEUs, parques e praças.

 

Fotos: Camila Rhodes/PMG