A nova versão da estratégia e do plano de ação federais para proteger a biodiversidade, a EPANB, está prevista para até o próximo 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. A publicação do decreto que institui a política depende agora de espaço na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apurou ((o))eco.
As medidas são voltadas ao cumprimento de metas de conservação da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) e da 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-15), no Canadá, em 2022. A realização do trabalho envolverá esferas de governo, setor privado e sociedade civil.
O documento deverá definir outros grandes objetivos, como repartir de forma justa e equitativa os benefícios oriundos do uso da biodiversidade e determinar meios para monitorar o progresso conservacionista brasileiro. Também é esperado um planejamento financeiro para sua execução.
Tudo é imprescindível para frear as aceleradas e crescentes perdas de variedades de vida, o que pode colapsar de ecossistemas naturais a economias humanas. Mais de 1 milhão de espécies globais estão ameaçadas de desaparecer.
A Mata Atlântica lidera as estatísticas brasileiras, com 2.845 espécies em risco de extinção, mais da metade do total nessa condição no País. Em seguida, vem o Cerrado, com 1.199 espécies ameaçadas. Nos demais biomas a situação não é menos preocupante.
As causas de perda de biodiversidade envolvem a destruição de ambientes naturais, sua exploração excessiva, a crise climática, a chegada de espécies exóticas invasoras, os atropelamentos de animais em rodovias e ferrovias, o tráfico e a caça.