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Tarcísio critica nova ação da PF contra Bolsonaro: “Sucessão de erros”

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (18/7), após o ex-presidente ter sido alvo de busca e apreensão e uso de tornozeleira eletrônica por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Assim como seu padrinho político, Tarcísio classificou as medidas como “humilhações”, disse que há uma “sucessão de erros” contra Bolsonaro e que “não haverá paz social sem paz política”.

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“Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro. Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, escreveu o governador, em nota publicada nas redes sociais.

Tarcísio chamou de “sucessão de erros” o julgamento sobre a trama golpista, que teria sido liderada pelo ex-presidente. O governador de São Paulo afirmou que as medidas adotadas nesta sexta-feira contra Bolsonaro não contribuem para “pacifcação”.

“Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”.

Entre as medida cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes está o recolhimento domiciliar entre 19h e 6h e a proibição de usar as redes sociais. Bolsonaro também está impedido de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal licenciado que está nos EUA.

 

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Uma publicação compartilhada por Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf)

Afiliado político de Bolsonaro, Tarcísio é um dos cotados para ser candidato à Presidência da República com apoio do ex-presidente. Nos últimos dias, o governador esteve no centro da polêmica envolvendo o tarifaço anunciado pelo presidente americano Donald Trump.

Após culpar a diplomacia do governo federal e endossar as críticas de Trump ao processo judicial envolvendo Bolsonaro, Tarcísio moderou o discurso, pregou união e se reuniu com empresários ao lado do encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil.

A tentativa de negociação do governador gerou críticas públicas de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais, que acusou Tarcísio de “subserviência às elites”. Depois, o deputado afirmou ter conversado e se entendido com o governador.

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Busca e apreensão

A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra endereços ligados a Bolsonaro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso da trama golpista no STF.

Como mostrado pelo Metrópoles, na coluna de Andreza Matais, Moraes determinou a proibição de Jair Bolsonaro se comunicar com seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.

Agentes da Polícia Federal apreenderam uma grande quantidade de dólares na casa do ex-presidente, no Jardim Botânico, região administrativa do Distrito Federal, próximo a capital Brasília.

Conforme o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, a contagem inicial indica a apreensão de cerca de 14 mil dólares. A jornalistas, Bolsonaro informou que outros R$ 7 mil foram retidos.

“Sempre guardei dólar em casa. Todo dólar que tenho tem o recibo do Banco do Brasil”, relatou o ex-presidente, acrescentando que vai declarar o dinheiro no Imposto de Renda (IR) do próximo ano.

Segundo Moraes, as medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, foram tomadas para evitar uma eventual fuga do ex-presidente do país.

“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, disse, em trecho da decisão.

Na decisão, Moraes afirmou que as medidas cautelares contra Bolsonaro foram tomadas para evitar uma eventual fuga do ex-presidente do país. Confira as restrições impostas:

  • recolhimento domiciliar entre 19h e 6h de segunda a sexta e em tempo integral nos fins de semana e feriado;
  • monitoramento com tornozeleira eletrônica;
  • proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e se aproximar de embaixadas e consulados.

Fonte: www.metropoles.com