Uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil) vai aplicar, pela primeira vez, uma técnica avançada de implante de penas em araras-azuis-de-lear que foram resgatadas do tráfico internacional em Togo, na África.
As espécies foram salvas em 2024 e estão em reabilitação na Bahia, onde a bióloga Lilian Sayuri Fitorra, chefe do Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), desembarcou nessa segunda-feira (28/7) para liderar o procedimento.
As fraturas nas penas das asas das araras aconteceu no transporte ou durante o período de aclimatação. O procedimento é necessário para que elas possam ser soltas na natureza sem ter a capacidade de voo comprometida.
Implante de penas
- Desenvolvido no Cetras-SP, em 2008, o método consiste na inserção de uma nova pena por meio de uma haste flexível na base da estrutura danificada.
- O procedimento é indolor e rápido, durando entre 10 e 30 minutos.
- Após o implante, a ave consegue voltar a voar imediatamente.
- Ao menos 113 aves, de 19 espécies diferentes, já foram beneficiadas pelo procedimento.
A bióloga Lilian Sayuri, que vai liderar o implante das araras na Bahia, considera o momento como especial. “Trabalhar com uma espécie tão emblemática como a arara-azul-de-lear, em seu habitat natural, é uma honra e uma responsabilidade enorme. A expectativa é grande porque cada ave responde de forma diferente ao procedimento”, disse.
Além de dominar a técnica, a profissional mantém um banco de penas com 430 amostras de 142 espécies, catalogadas por cor, tipo e tamanho.
Fonte: www.metropoles.com