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Moto parcelada custa mais de 90 rotas por mês e pressiona entregador

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Moto parcelada custa mais de 90 rotas por mês e pressiona entregador

O mundo do delivery carrega em sua órbita uma série de serviços e produtos disponíveis para os entregadores. Nada é de graça e quem deseja entrar no jogo acaba gastando muitas vezes o que ainda não tem para pilotar uma moto ou bicicleta, além de adquirir vestuário e até a própria bag para fazer as entregas.

A exemplo de instituições financeiras que oferecem “crédito para negativado”, existem startups que não consultam o CPF do entregador interessado em alugar uma moto. Dependendo do plano, o veículo pode até passar para o nome do interessado ao final de um contrato de três anos.

Uma das empresas oferece uma moto 110 cilindradas, zero quilômetro, por uma mensalidade de R$ 690, em um plano de 36 meses. O valor equivale a 92 entregas pela taxa básica de R$ 7,50 em um mês.

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Para pegar o veículo, é preciso fazer um pagamento inicial de R$ 1.000. Ou seja, ao final dos três anos, o entregador terá desembolsado quase R$ 25 mil. À vista, o mesmo modelo custa em qualquer loja cerca de R$ 10 mil.

Algumas das vantagens são o fato de já vir emplacada, com licenciamento e impostos inclusos. Mas a manutenção é por conta de quem alugou. Há também relatos de quem perdeu a moto após três dias de atraso no pagamento da mensalidade.

O Metrópoles conversou com motoboys que passam facilmente dos 1.000 km rodados por semana em São Paulo. Nessa toada, ao final dos três anos de contrato, o entregador vai ter em mãos para chamar de seu um veículo com mais de 150 mil quilômetros de uso.

Para bicicletas, há plano de R$ 32 por semana, com a permissão para realizar até duas viagens de 4 horas cada por dia.

A reportagem conversou com entregadores que optaram por transformar bicicletas comuns em elétricas, por meio de um kit completo que custa em torno de R$ 4.500. A bike elétrica pode ser uma mão na roda ao encarar as ladeiras paulistanas.

Mas para ter esse conforto, seriam necessárias mais de 640 entregas com a tarifa básica de R$ 7 — se fizer 10 entregas por dia, o entregador precisaria trabalhar mais de dois meses seguidos, ininterruptamente, só para bancar essa transformação.

Fonte: www.metropoles.com