A Secretaria da Educação (Seduc) implementou um projeto-piloto na rede estadual de São Paulo para ofertar o ensino médio com presença flexível na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). A medida foi publicada, nesta segunda-feira (4/8), por meio da resolução nº 113 no Diário Oficial.
Apesar do formato híbrido, ao ser procurada pelo Metrópoles, a pasta alegou que não se encaixa oficialmente de educação a distância (EaD), já que os alunos não terão acesso a aulas remotas. A proposta busca atender jovens e adultos que não concluíram a escolarização, para que conciliem estudo com trabalho e responsabilidades familiares.
De acordo com a Seduc, via assessoria de imprensa, cada estudante receberá um plano de estudo, a partir de atendimento individualizado que ocorrerá uma vez por mês. Trata-se de um modelo inspirado nos Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja).
Questionada, a Seduc não informou o prazo para a vigência da resolução até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Como funciona o ensino médio flexível
- As escolas vinculadas funcionarão no período noturno, de segunda a sexta-feira, com possiblidade de atividades aos sábados, e estarão ligadas a uma unidade sede que fornecerá estrutura e gestão.
- O currículo contemplará a formação geral básica e dois itinerários formativos: ciências da natureza e matemática (educação financeira, empreendedorismo e biotecnologia); e linguagens e ciências humanas (oratória, geopolítica e liderança).
- Conforme a resolução da Seduc, a avaliação será contínua, com pelo menos quatro provas processuais e uma final por disciplina.
- As inscrições serão destinadas a maiores de 18 anos sem matrícula ativa, com possibilidade de inscrição presencial ou on-line.
- O aluno deverá comparecer presencialmente ao menos uma vez por mês por componente curricular e participar de oficinas.
Turmas de EJA com 50 a 500 estudantes
Segundo a resolução publicada no Diário Oficial, as turmas terão de 50 a 500 estudantes, com aproveitamento de estudos anteriores quando comprovados. Cada escola deverá ter, no mínimo, quatro salas de aula, um coordenador pedagógico exclusivo e quatro docentes — um para cada área do conhecimento.
A atribuição de aulas ocorrerá por processo seletivo e serão priorizados professores com experiência e disponibilidade. O coordenador pedagógico será responsável por “acompanhar matrículas, combater a evasão e garantir a execução do projeto”.
De início, a implantação começará em 20 regiões. São elas: Campinas Oeste, Carapicuíba, Centro, Centro-Oeste, Centro-Sul, Diadema, Guarulhos Norte, Guarulhos Sul, Itapevi, Leste 1, Leste 2, Leste 3, Leste 4, Norte 1, Norte 2, Santo André, Sul 1, Sul 3, Suzano e Taboão da Serra.
Fonte: www.metropoles.com