A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, anunciou a obtenção de R$ 116 milhões em recursos junto à União para reurbanizar a favela de palafitas destruída por um incêndio de grandes proporções, no bairro do Rádio Clube, na última sexta-feira (1º/8). Ao menos cem moradias foram tomadas pelas chamas, segundo a Defesa Civil do estado.
O aporte foi comunicado na tarde dessa terça-feira (5/8), após reunião entre o prefeito santista, Rogério Santos (Republicanos) e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro das Cidades, Jader Filho, o secretário nacional de Habitação, Helder Barbalho, e o presidente da COHAB de Santos Santista, Maurício Prado.
Durante o encontro, foi apresentada a proposta de continuidade do Parque Palafitas, um plano que prevê uma segunda etapa do projeto, além da urbanização completa da região onde viviam as famílias impactadas pelo incêndio.
“Com esse recurso podemos avançar com novas infraestruturas, atender imediatamente as pessoas atingidas pelo incêndio e promover habitação para outras pessoas”, declarou Rogério Santos.
Conforme anunciado nas redes sociais, as famílias terão direito a compra assistida. Os contemplados poderão escolher imóveis disponíveis em Santos ou em outro município.
O incêndio
Uma mulher, de 60 anos, que havia se recusado a deixar a residência e pulado na água para tentar se salvar, teve o corpo encontrado carbonizado próximo à maré, segundo o Corpo de Bombeiros.
Segundo a corporação, não houve registros de outras vítimas. O 6º Grupamento de Bombeiros (GB) atuou na ocorrência.
O Corpo de Bombeiros informou que 13 viaturas e 30 agentes foram acionados para a ocorrência. Por volta das 9h30, o incêndio estava controlado e com pequenos focos de fogo, disse a corporação.
A Defesa Civil mobilizou equipes para o fornecimento de materiais de ajuda humanitária.
Ao Metrópoles, a Prefeitura de Santos informou que equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram mobilizadas com quatro ambulâncias e quatro motolâncias. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste e o Complexo Hospitalar da Zona da Alemoa estão de prontidão para receber os feridos. Casos mais leves, como os de inalação de fumaça, estão sendo atendidos na Policlínica do Rádio Clube.
Além do Samu, atuam no local equipes da prefeitura, da Defesa Civil municipal e estadual, além de três caminhões e uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros. A assistência social está sendo organizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Bom Retiro, onde ocorre a triagem das famílias atingidas. Para garantir apoio emergencial, o restaurante Bom Prato reservou 300 refeições, e 60 cestas básicas estão prontas para distribuição às famílias afetadas.
Atendimento às famílias
A prefeitura decretou situação de emergência nas áreas afetadas pelo desastre e as famílias atingidas estão recebendo assistência da rede de apoio da administração municipal.
Fonte: www.metropoles.com