São Paulo — A equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Arujá, na região metropolitana de São Paulo, aguarda o resultado da perícia no carro do jogador Pedro Henrique, do Corinthians, em busca de indícios de que ele tenha consumido bebidas alcoólicas antes do acidente que destruiu o muro de uma casa na madrugada de quarta-feira (3/7).
A colisão ocorreu em uma casa vizinha à do goleiro Carlos Miguel, que fazia uma festa de despedida, reunindo diversos jogadores do Corinthians. O atleta está de saída para o Nottingham Forest, da Inglaterra.
Câmeras de monitoramento do condomínio mostram Pedro Henrique com sinais de embriaguez dirigindo a sua caminhonete Dodge Ram de ré e colidindo contra o muro. Na sequência, ele desce do veículo cambaleando. Após o acidente, o proprietário da casa discutiu com Carlos Miguel e outros jogadores.
“Requisitamos perícia para o veículo do Pedro Henrique. O setor de investigação está analisando o interior do veículo para ver se encontra algum sinal de bebida alcoólica, alguma coisa que possa ser usada como uma prova indireta. A partir disso, se houver a certeza de embriaguez, vamos pedir o indiciamento”, afirma o delegado Jaime Pimentel.
“A prova da embriaguez é uma prova técnica, feita por bafômetro ou exame de sangue. Mas, quando não existe essa prova, a gente pode analisar as imagens e verificar o interior do veículo para ver se constata alguma coisa, além da prova testemunhal”, complementa.
Jaime Pimentel afirma que Pedro Henrique e Carlos Miguel devem ser ouvidos nos próximos dias, por videoconferência.
“A oitiva do Carlos Miguel vai ser feita por videoconferência, porque ele vai estar no exterior. Provavelmente o Pedro Henrique também, por causa da sequência de jogos. O time está em pleno campeonato”, diz o delegado.
O proprietário da casa que teve o muro destruído já prestou depoimento. O advogado de Pedro Henrique será ouvido na próxima quarta-feira (10/7).
Agressão
O vizinho de Carlos Miguel disse à polícia ter sido ameaçado por um grupo de jogadores do Corinthians. No entanto, ele não soube identificá-los. O advogado de Pedro Henrique teria ido até o local para tentar solucionar o conflito.
O advogado afirma que, depois de os jogadores irem embora, o proprietário do imóvel atingido teria lhe agredido com uma cabeçada.
“A gente não conseguiu identificar essas outras pessoas. Tinha um bolo de gente, dá para ver pelas imagens. Não tem nitidez. Carlos Miguel é reconhecível pela estatura. E o Pedro Henrique porque é loirinho, além de que o veículo estava no nome dele”, diz Jaime Pimentel.
Fonte: Oficial