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Policial civil que deu socos na mulher após sair de boate é demitido

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Policial civil que deu socos na mulher após sair de boate é demitido

São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu o policial civil Dênis Fabricio Paiola Monzani, de 46 anos, condenado por bater na própria mulher e dirigir embriagado após sair de uma boate, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, em 2016.

A portaria da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que informa a demissão do agente, foi publicada no Diário Oficial de São Paulo nessa quarta-feira (3/7). A defesa afirma que vai recorrer da decisão.

À polícia, a mulher de Dênis inicialmente relatou que o casal havia saído para uma casa noturna, onde ingeriram bebida alcoólica, na noite de 16 de janeiro de 2016. Na volta, os dois começaram a discutir, o policial começou a esmurrar o teto do carro, um Citroen Aircross, e deu dois socos na sua boca, segundo a vítima.

Em seguida, a esposa conseguiu pegar a arma do policial, pulou do carro, atirou no pneu do automóvel e jogou a arma em um matagal. Segundo o depoimento, ela pegou carona com um caminhoneiro, que a deixou em um posto de gasolina, onde Dênis apareceu depois e deu início a uma nova confusão.

Condenação

A Polícia Militar (PM) foi acionada. À Justiça, os agentes relataram que Dênis estava “bastante alterado” e se recusava a descer do carro. Já a mulher estava escondida na loja de conveniência. O policial civil acabou preso em flagrante.

Em juízo, a vítima, que permaneceu casada com Dênis, mudou a versão dos fatos. Em novo depoimento, negou que tenha sido agredida durante a discussão e afirmou que as suas lesões haviam sido causadas na hora em que pulou do carro em movimento.

Com base no relato de testemunhas e em laudos periciais, no entanto, a juíza Nicole de Almeida Campos Leite Colombini, da 1ª Vara Criminal do Foro de Bragança Paulista, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decidiu condenar o policial por lesão corporal e embriaguez ao volante.

A pena aplicada foi de 9 meses de detenção, além de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e pagamento de multa. A sentença é de 16 de julho de 2018 e já foi cumprida.

Recurso

Ao Metrópoles, o advogado Aristides Zacarelli Neto, que representa o ex-policial, afirma que a demissão seria exagerada.

“A defesa, com a devida vênia, manifesta discordância em relação à penalidade administrativa recentemente imposta, pois considera que a medida aplicada foi desproporcional às circunstâncias do caso em questão”, diz.

“Neste contexto, será apresentado o respectivo recurso para revisão da decisão publicada.”

Fonte: Oficial