São Paulo — Investigado por vender sentenças do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a defesa do desembargador Ivo de Almeida, de 66 anos, entrou com um pedido na Polícia Federal (PF) para que seja marcada a data da sua oitiva, quando ele será ouvido sobre o caso.
Almeida foi o principal alvo da operação Churrascada, deflagrada em junho deste ano pela PF, que acusa o magistrado de favorecer conhecidos em decisões judiciais. A operação foi nomeada em referência ao dia do plantão de Almeida, chamado de “Dia do Churrasco”, quando supostamente aconteciam negociações de venda das decisões.
O pedido feito pela defesa sinaliza que Almeida pretende rebater qualquer imputação criminosa sobre a sua conduta. Ele era presidente da 1ª Câmara de Direito do TJSP e está afastado do seu cargo desde a deflagração da operação. Advogados renomados da área criminal de São Paulo saíram em defesa da inocência do desembargador após a deflagração da operação.
Ivo de Almeida também foi proibido de entrar em contato com outros investigados no caso. Além dele, outros dois advogados de Ribeirão Preto, no interior paulista, também foram alvo da operação da PF.
Segundo apurado pelo Metrópoles, a PF teria pedido a prisão do suspeito, mas a medida foi negada pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da ação. Fernandes também teria negado à defesa de Almeida o acesso aos autos.
A investigação é mantida em extremo sigilo pelo STJ e nem o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) teve acesso aos autos antes de a operação ser deflagrada.
Fonte: Oficial