São Paulo — O empresário Carlos Alberto Felice, de 77 anos, foi torturado “de maneira cruel” antes de ser encontrado morto, com os pés e mãos amarrados, sob um tapete, na garagem de sua casa, na terça-feira (16/7).
A casa da vítima fica no Jardim Europa, bairro nobre da zona oeste paulistana, e teria sido vendida, recentemente, por ao menos R$ 3,5 milhões, como consta em documentos da Polícia Civil. O imóvel estava sem sinais de arrombamento.
Uma fonte que acompanha o caso afirmou ao Metrópoles, em condição de sigilo, que Carlos sofreu agressões físicas “provavelmente” para informar a localização de valores e objetos guardados na casa.
“A investigação é um latrocínio [roubo com morte] consumado em que a vítima acabou sendo morta de maneira cruel, provavelmente por golpes desferidos com um pedaço de pau, após sofrer agressões físicas”, afirmou à reportagem, na manhã desta quinta-feira (18/7).
O caso passou a ser investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na tarde dessa quarta-feira (17/7).
Até o momento, segundo apurado pelo Metrópoles, a polícia ainda procura possíveis envolvidos na tortura seguida de morte do idoso. Da mesma forma, também é apurado o que teria motivado o crime, além de supostos valores e objetos roubados.
Carro de vítima desaparece
Como mostrado pelo Metrópoles, o carro de Carlos Alberto Felice sumiu da garagem da residência do idoso, cinco dias antes de ele ser encontrado morto.
O vigia da rua onde Carlos morava afirmou, em depoimento à polícia, ter visto a vítima sair e voltar com o Hyundai I30, que era mantido na garagem, na última quinta-feira (11/7).
Nesse mesmo dia e no seguinte, segundo registrado por câmeras de monitoramento, uma moto, pilotada por um mesmo suspeito, foi avistada circulando em frente ao imóvel. O veículo de Carlos também não foi mais visto no imóvel desde então.
O Metrópoles apurou que um alerta foi encaminhado ao sistema da polícia, com as placas do carro, para o veículo ser localizado. Câmeras usadas para monitorar a cidade também são usadas e, caso identifiquem o Hyundai, um alerta será imediatamente emitido às autoridades.
Registros da Polícia Civil mostram que um conhecido da vítima, que não se identificou, afirmou que Carlos havia vendido a residência, onde foi encontrado morto, por R$ 3,5 milhões. Essa quantia estaria, em espécie, dentro da casa. Essa informação é apurada pela polícia, que até o momento não localizou nenhum valor em dinheiro.
O caso primeiramente foi registrado como homicídio, mas posteriormente a natureza criminal foi mudada para latrocínio (roubo com morte).
Carlos Alberto não tinha filhos e, há 3 anos, estava viúvo.
Fonte: Oficial