São Paulo — Três bandidos ameaçaram de morte e agrediram com coronhadas moradores de uma casa em Guarulhos, na Grande São Paulo, durante um assalto no fim da manhã dessa quarta-feira (17/7). Entre as vítimas, está um jovem com paralisia, que é cadeirante e ficou sob a mira de uma arma.
A ação criminosa foi registrada por câmeras de monitoramento (assista abaixo). Os ladrões permaneceram no imóvel por cerca de uma hora e meia e roubaram quatro celulares, notebooks, joias e a aliança de casamento da mãe do rapaz.
As imagens mostram que um dos criminosos, com o rosto coberto, mantinha pendurado no pescoço um distintivo semelhante ao usado pela Polícia Civil. Até o momento, ninguém foi preso.
Clonagem de controle
Os bandidos chegaram em um carro branco e abriram o portão da casa às 11h27. A suspeita é a de que o controle de acesso tenha sido clonado. O veículo saiu do imóvel sete minutos depois e ficou circulando pela região enquanto os três bandidos, armados, permaneceram na residência.
No imóvel, estavam o menino com problemas cognitivos e motores, além de sua mãe e a empregada doméstica. Uma das câmeras da casa mostra o bandido, que usa o distintivo, colocando um pano sobre a cabeça do jovem. Em seguida, as duas mulheres são levadas para o mesmo cômodo.
Vídeo
A moradora, segundos depois, é retirada do local. Os criminosos, conforme um áudio gravado pelo dono do imóvel, obtido pelo Metrópoles, exigiam dinheiro e perguntam sobre a localização do cofre da casa.
“Pegaram [mulher], amarraram ela, deram coronhadas na cabeça dela. Ficou ameaçando ela o tempo todo de morte”, diz o homem.
As agressões à mulher, assim como a sequência de ameaças, não foram captadas por câmeras, porque as vítimas foram levadas para outro cômodo, não monitorado, instantes depois.
“Muita barbaridade”
No áudio, o dono da casa diz que “fizeram muita barbaridade” com o filho e a mulher, que a todo momento afirmou aos ladrões não existir cofre na casa, onde também não havia dinheiro. Os bandidos amarraram a mulher e deram coronhadas na cabeça dela.
“O pior foi o [dano] psicológico. Ameaçaram de morte, bateram nela, apontaram a arma na cabeça dele [filho do dono da casa], falando que ia matar se não entregasse o cofre”.
Após uma hora e meia, os criminosos saíram da casa e fugiram. A empregada conseguiu esconder um celular, usado para avisar o dono do móvel sobre o roubo. Ele foi procurado, mas preferiu não falar sobre o assalto.
O Metrópoles pediu atualizações sobre a investigação do caso à Secretaria da Segurança Pública (SSP), que não se posicionou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Oficial