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Homem acusado esconder corpo da namorada em mala vai a júri popular

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São Paulo – Davi Izaque Martins Silva, 27, acusado de matar a namorada e esconder seu corpo numa mala, irá a júri popular. A decisão da Justiça de São Paulo (TJSP) foi publicada na terça-feira (16/7). A médica Thallita da Cruz Fernandes, 28, foi encontrada morta no apartamento em que morava em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, no dia 18 de agosto de 2023.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em setembro de 2023 por homicídio qualificado por motivo torpe, crueldade e recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu continuará preso até o dia do julgamento, ainda sem data marcada. Segundo decisão, “trata-se de pessoa de índole perigosa, cuja liberdade afrontaria a comunidade.

Relembre o caso

A médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala na tarde de 18 de agosto do ano passado. Com ferimentos no rosto e sem roupa, o corpo da médica estava escondido na área de serviço do apartamento onde morava, na Rua Coronel Spínola de Castro, em São José do Rio Preto, no interior paulista. Também havia marcas de sangue no quarto e no banheiro.

Agentes da Polícia Civil foram até o local. Ao perceber a aproximação dos policiais, ele se trancou no quarto e tentou se esconder. Os familiares estranharam a situação após a jovem deixar de responder mensagens no WhatsApp. “Não posso falar, o dia de serviço está muito corrido”, foi a última resposta enviada a uma amiga. Ela sabia, no entanto, que Thallita estava de folga no dia do crime.

Questionado por essa amiga sobre o “sumiço” da médica, Davi teria respondido que viu Thallita sair do apartamento, “sem dizer para onde ia”, e que ele também não estava mais lá. O corpo dela foi encontrado no local horas depois.

Momentos antes de ser preso, Davi Izaque Martins Silva, percebeu a chegada de policiais militares e tentou se esconder trancado em um quarto. A PM informou que os militares flagraram Davi no quintal da casa da mãe, no bairro Vila Elmaz, em São José do Rio Preto.

A médica sonhava na infância em ser veterinária, era recém-formada e costumava fazer críticas ao machismo nas redes sociais.

Carreira

Apaixonada por animais, Thallita sempre quis ser veterinária, mas mudou de ideia antes de prestar vestibular, segundo contou nas redes. “Falei a vida toda que queria ser veterinária, mas desisti depois que visitei uma faculdade”.

Fez quatro anos de cursinho e mais seis de graduação. Formada na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), em 2021, ela se declarava “privilegiada” por ter recebido ajuda da família nos estudos.

“Hoje concretizo meu sonho de infância de me formar em uma faculdade pública de excelência”, publicou, em novembro de 2021. “Agradeço aos meus pais por terem me dado todo o apoio necessário, desde quando me incentivavam (e muito) a estudar no colégio até toda a base emocional e financeira nos anos de cursinho faculdade.”

Para fazer a graduação e trabalhar, Thallita havia se mudado de Guaratinguetá, cidade a mais de 500 quilômetros, onde os pais moram. Atualmente, era plantonista em um pronto-socorro do município vizinho de Bady Bassitt, também no interior paulista.

Fonte: Oficial