São Paulo – Impulsionado pelos eventos do PL Mulher, presidido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o PL terá mais candidatas mulheres à Câmara Municipal da capital paulista do que o PT, partido com o qual polariza nacionalmente.
De 55 candidatos a vereador do PL, 22 são mulheres, o que equivale a 40% da chapa. Já no PT, de 45 candidaturas ao legislativo municipal, apenas 15 são femininas, obedecendo ao percentual mínimo de 30% de candidatas mulheres, conforme determina a lei eleitoral.
Mesmo se acrescentadas as candidaturas de PV e PCdoB, partidos que integram a federação junto do PT, o percentual de mulheres candidatas permanece em torno de 30% – de 56 candidatos a vereador lançados pelos três partidos, 19 são mulheres.
No ano passado, Michelle Bolsonaro foi alçada a presidente nacional do PL Mulher para rodar o país em turnês e conseguir novas filiações para o partido. Em janeiro, a sigla havia divulgado que, desde a chegada da ex-primeira-dama, mais de 22 mil mulheres se filiaram ao PL, um aumento de cerca de 370% em relação às filiações femininas observadas em 2022.
Michelle filiou ao PL algumas das candidatas vistas pelo partido com potencial de puxadoras de votos, como a advogada cubana Zoe Martínez, a vereadora Sonaira Fernandes, que foi secretária de Políticas para a Mulher do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a pediatra Carla Bilynskyj, mulher do deputado federal bolsonarista Paulo Bilynskyj.
PL e PT usam cota mínima
No ano passado, tanto o PL quanto o PT destinaram cerca de 5% de seus respectivos fundos partidários para a promoção de mulheres na política. O percentual é o mínimo previsto pela Justiça Eleitoral para ações de fomento à participação feminina no meio.
No caso do PL, foram R$ 10,1 milhões – de um total de R$ 202 milhões do fundo partidário – reservados às mulheres, sendo R$ 2 milhões utilizados na promoção de eventos do PL Mulher.
O PT, por sua vez, declarou R$ 7,3 milhões — de um fundo de R$ 135 milhões — para a participação feminina na política, sendo R$ 5,8 milhões gastos em propaganda, segundo a prestação de contas enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas eleições, todos os partidos devem repassar, no mínimo, 30% dos recursos dos fundos partidário e eleitoral para as candidaturas femininas.
Fonte: Oficial