São Paulo — A moda dos podcasts vem subindo cada vez mais e um dos temas mais explorados pelos produtores de conteúdo é o true crime. A paulistana Andressa Isfer criou, em 2024, o Passaporte Pro Crime, que narra crimes ao redor do mundo.
Segundo a jornalista, já são mais de 100 mil visualizações dos episódios em menos de três meses. O podcast conta com 9 episódios, com média de 23 minutos, que são lançados semanalmente. A apresentadora conversou com o Metrópoles sobre o projeto.
“O Passaporte Pro Crime, na verdade, não é o meu primeiro podcast. O meu primeiro podcast eu criei em 2021, com uma amiga minha, era um podcast de notícias internacionais e a gente criou ali numa ideia de ‘criar o nosso próprio espaço’ dentro do jornalismo, sem pretensão nenhuma”, começou. “Só que a questão é que eu me apaixonei loucamente por podcasts. Foi durante a produção do Papo De Inter que eu entendi o poder que o podcast tem e eu adorei o quão acessível ele é, tanto para produzir quanto para os ouvintes”, falou Isfer.
Em 2023, ela encerrou seu primeiro projeto e “ficou órfã” de podcast, passando o ano inteiro procurando ideias para começar um novo. No momento em que ela desencanou de pensar em pautas, a paulistana teve a oportunidade de viajar para a Europa por três meses.
Na primeira parada, ela teve a ideia de começar o Passaporte Pro Crime. “Eu literalmente comecei a me deparar com muitas histórias de true crime históricos. Cada cidadezinha que eu passava, tinha alguma história bizarra e macabra que tinha acontecido ali, fosse uma lenda ou uma história de true crime mesmo. Eu fui anotando essas histórias no bloco de notas e quando eu cheguei em São Paulo eu fui desenvolvendo essa ideia e acabou nascendo o podcast”, contou.
“Quando eu voltei pra São Paulo e decidi de fato, das minhas ideias do mochilão, seguir com a ideia de true crime, eu também pesquisei e estudei muito o mercado, focado em podcast de true crime, e entendi também que o true crime, no Brasil é muito forte. Para mim, acabou sendo meio que ‘win-win’”, respondeu Andressa ao ser questionada sobre o motivo de ter escolhido o true crime como tema central de seu projeto.
Mesmo morando em São Paulo, a apresentadora não tem planos imediatos para acrescentar histórias locais no podcast. Mas, ela não descarta a possibilidade para o futuro. “Por enquanto não tenho histórias nacionais vindo aí. Mas, eu nunca digo ‘nunca’. O podcast é vivo, como qualquer outro projeto, então, pode ser que mais para frente faça sentido fazer uma temporada só falando do Brasil. Até porque eu tenho uma ideia de uma possível coisa para ser lançada para apoiadores do projeto que desenvolva histórias brasileiras”, revelou.
Andressa explicou como fez para encontrar as histórias que foram selecionadas para serem narradas. “A grande maioria delas foi fazendo ‘freewalking tours’ nas cidades, e eu fazia muito realmente para querer conhecer aquela cidade. Em 90% dos ‘freewalkings’, o guia acabou trazendo à tona alguma história e acabou contando alguma coisa. A questão é que, como eu falei, eu tenho muito interesse por true crime, então assim, ele podia estar falando de uma coisa chata, eu podia estar meio distraída. Na hora que ele falava uma história de true crime, eu era a primeira pessoa ali a prestar atenção e ir lá na frente fazer pergunta e tentar entender mais sobre aquela história”.
Outros métodos que a paulistana de 27 anos utilizou para encontrar histórias foram quadros em museus, conversas com locais e até indicações de ouvintes do Passaporte Pro Crime.
Ela deixou um spoiler para os fãs de podcasts de true crime que queiram acompanhar o seu projeto: “A curto prazo que eu posso dizer é que ainda vamos ter bastante true crime histórico aí de diferentes épocas da vida e de diferentes países também”.
Fonte: Oficial