São Paulo —A empresa TAV Brasil foi criada em fevereiro de 2022 para a execução e operação do projeto de um trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, que, no mesmo ano, obteve autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A obra tem custo estimado de R$ 50 bilhões.
O cronograma do projeto estabelece que o trem deverá estar em operação em um prazo de 10 anos. A primeira etapa é a realização dos estudos de viabilidade técnica, econômica e social, com duração de dois anos que terminam no final de 2024.
A etapa seguinte é a de obtenção das licenças prévias que deverão ocorrer entre 2024 e 2025. O projeto executivo deverá ser preparado entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2026, com duração de dois anos.
A licença de instalação deve ser obtida no primeiro semestre de 2026.
Depois, a implantação do projeto deve ocorrer em seis anos. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre de 2026 e terminar no primeiro semestre de 2032.
A expectativa é a de que as primeiras viagens sejam realizadas no final de 2032.
O projeto é uma concessão que terá duração de 99 anos com possibilidade de renovação. A empresa pediu à ANTT para construir uma linha férrea de cerca de 380 km de extensão, com quatro estações inicialmente previstas. A estimativa é que a viagem será feita em 1h30.
Veja o mapa do projeto:
O planejamento da empresa mostra que as estações estarão localizadas na zona norte de São Paulo e na zona oeste do Rio de Janeiro, portanto, longe dos centros. A justificativa, na proposta, é que isso reduziria o custo.
“A requerente pondera ainda que a implantação do TAV [trem de alta velocidade] está fora das áreas mais adensadas, o que reduz o custo de investimento. E que posteriormente, poderá haver a criação de novas estações a partir de acordo entre as prefeituras do municípios que serão conectados pelo TAV”, relatou a ANTT.
A ideia de ligar as duas principais cidades do país por um trem-bala foi proposta pelo presidente Lula (PT) ainda em seu segundo mandato, em 2010. À época, o objetivo era deixar a obra pronta para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, que aconteceram em 2016. De lá pra cá, o projeto não saiu do papel, especialmente por dificuldades em tornar a iniciativa rentável.
Fonte: Oficial