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Google faz ‘aquisição silenciosa’ de startup de IA de brasileiro

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Google faz ‘aquisição silenciosa’ de startup de IA de brasileiro

O Google contratou os cofundadores da startup de inteligência artificial (IA) Character.ai, que criou chatbots personalizados populares entre os jovens. As informações são do jornal americano The Washington Post.

O pesquisador americano Noam Shazeer e o brasileiro Daniel de Freitas deixaram o Google em 2022 para fundar a empresa, que, em março do ano passado, foi avaliada em US$ 1 bilhão. Agora, a dupla agora vai retornar à big tech junto com parte de seus funcionários.

O Google também vai pagar à Character.ai pelo acesso à sua tecnologia de IA. No futuro, a startup planeja também utilizar a tecnologia de outras empresas. Nenhuma das partes comentou os termos do acordo.

Daniel de Freitas (esq.) e Noam Shazeer (dir.) fundaram a Character.AI em 2021 | Foto: Divulgação/Character.AI

O acordo é muito parecido a outros que foram objeto de análise por parte dos reguladores por contornarem as leis antitruste.

Em março, a Microsoft contratou o diretor da Inflection AI, outra startup de chatbots que havia recebido um financiamento substancial, e concordou em pagar à empresa pela sua tecnologia.

Em junho, a Amazon anunciou um acordo semelhante com a Adept AI, uma startup fundada pelo antigo engenheiro do Google e da OpenAI, David Luan.

‘Aquisições silenciosas’ estão por trás de gigantes como o Google

A “compra” de talentos das principais startups, em negócios designados por “acqui-hire” (algo como “aquisitratação”, em tradução livre), desempenhou um papel importante na obtenção das atuais dimensões de empresas como o Google, a Microsoft e a Amazon.

No entanto, à medida que a administração do presidente americano Joe Biden aumentou o controle sobre as fusões e aquisições, os executivos da tecnologia se queixam de que está mais difícil para as empresas comprarem diretamente concorrentes menores.

A estrutura incomum de acordos, como o que o Google fez para contratar os fundadores da Character.AI, levou alguns especialistas em tecnologia e órgãos reguladores federais a sugerir que eles podem ter sido criados para tentar escapar da pressão antitruste.

Fonte: Oficial