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Homens, pardos, com 37 anos: o perfil de quem frequenta a Cracolândia

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Imagem mostra fluxo de usuários de drogas da Cracolândia retiido por grades - Metrópoles

São Paulo — A Secretaria Estadual da Saúde fez um mapeamento do perfil dos frequentadores da Cracolândia, no centro da capital paulista, por meio de dados dos pacientes que buscam atendimento no Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, órgão do governo do Estado que tem por finalidade atender e dar tratamento continuado a pessoas que estão em dependência química.

Segundo a pasta, cerca de 92% dos pacientes que foram acolhidos na unidade são homens, com idade média de 37 anos. Destes, 48% têm a cor parda, 71% apresentam risco de alcoolismo e 82% fumam cigarro. Além disso, 55% dos pacientes atendidos foram encaminhados para hospitais especializados. O levantamento foi realizado entre maio e julho deste ano.

Desde a inauguração, em abril do ano passado, o hub realizou 15.808 encaminhamentos, sendo 9.475 para hospitais especializados, 4.586 para comunidades terapêuticas e 1.747 para Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e Hospitais Gerais.

Conforme o levantamento, 98% dos pacientes chegam ao hub de forma voluntária, expressando o desejo de tratamento. “O trabalho realizado pela unidade é multidisciplinar, especializado e humanizado, proporcionando ao paciente um tratamento individualizado e uma porta de saída para a dependência química”, afirma a secretaria.

PCC na Cracolândia

Uma megaoperação foi deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) na Cracolândia, na última terça-feira (6/8), para desmantelar uma milícia formada por policiais militares e guardas civis que atua na região central para vender proteção a comerciantes contra a ação de criminosos e usuários de drogas.

A operação, batizada de Salus et Dignitas, foi deflagrada a partir de investigações do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os promotores afirmam que a Cracolândia se tornou um “ecossistema de atividades ilícitas” controlado pelo PCC, explorado por diversos grupos criminosos organizados e caracterizado pela “violação sistemática aos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade”.

Além da proteção aos comerciantes, a milícia formada na região atuava na distribuição de drogas, comércio de peças de carros e motos, receptação de celulares roubados, venda de armas e em redes de hotéis, lojas e ferros-velhos.

Por fim, foi detectada uma rede de prostituição em hotéis e uso pela indústria de reciclagem de produto fruto de trabalho infantil e de usuários de droga, que são pagos com pedras de crack e cachaça.

Fonte: Oficial