São Paulo — A prótese no ombro do engenheiro agrônomo Hiales Fodra, uma das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, no interior de São Paulo, ajudou a equipe do Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo a identificá-lo em meio aos corpos dos 62 mortos da tragédia.
Hiales foi um dos primeiros passageiros a ser reconhecido, segundo o irmão Rugles Fodra. Além da prótese, foram essenciais para o processo de identificação dele as digitais, que estavam preservadas, e as tatuagens.
As características físicas responsáveis por auxiliar a identificação foram repassadas pela família do engenheiro e fisiculturista às equipes do IML no Instituto Oscar Freire, nesse sábado (10/8).
Como mostrou o Metrópoles, especialistas do IML têm feito entrevistas com os parentes das vítimas para reunir detalhes que permitam reconhecer os corpos, já que parte deles foram carbonizados na explosão pós-queda.
Além do engenheiro, a esposa dele, a fisiculturista Daniela Schultz, também foi identificada. Os corpos dos dois foram liberados neste domingo (11/8) e devem seguir em um avião da Latam para o local do velório e enterro. Hiales e Daniela eram casados há sete anos.
Segundo o irmão de Hiales, o casal será velado em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, e enterrado em Moreira Salles, no Paraná. No momento do acidente, ambos estavam à caminho dos Estados Unidos.
“Seria o primeiro campeonato de fisiculturismo profissional dela [fora do país]”, afirmou Rugles Fodra, que nomeou a dor da perda do irmão e da cunhada de “indescritível”.
Identificação
Outros 10 corpos também foram identificados pelo IML neste fim de semana. Um deles, o do paulista José Carlos Copetti, foi liberado e velado já neste domingo.
José Carlos era morador de Jacareí, no interior de São Paulo, e voltava de uma viagem a trabalho.
Reunião com familiares
Na noite deste domingo (11/8), os familiares das vítimas participaram de uma reunião com o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Rodrigo Sanfurgo; o procurador geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa; o perito criminal federal Carlos Palhares; e a defensora pública Luciana Jordão para tirar dúvidas sobre o processo de liberação dos corpos.
Um representante da companhia VoePass também participou do encontro e se solidarizou com as famílias.
Fonte: Oficial