São Paulo — Um laudo contratado pelo governo de São Paulo concluiu que a cratera aberta na Marginal Tietê em janeiro de 2022 não foi causada pelas obras as obras da Linha 6-Laranja do Metrô.
Na época, o buraco se abriu durante a atividade do “tatuzão”, uma máquina tuteladora que cavava um “supertúnel” para a construção do metrô. O aparelho chegou a ser apontado como responsável pelo deslizamento e a Linha Uni, concessionária responsável pela construção do metrô, assumiu o concerto da via.
Agora, o laudo produzido pela Setec França indica que o chão teria se rompido em razão do rompimento de uma tubulação gigante da Sabesp. As informações sobre o documento são do programa SP1, da Rede Globo, e foram confirmadas pelo Metrópoles.
De acordo com o documento, o sistema de esgoto da estaria sobrecarregada há dias, o que teria se agravado pelas chuvas. A tubulação teria, então, entrado em colapsado e levado o solo a ceder.
Em nota, a companhia de saneamento negou sua responsabilidade e disse que não teve acesso ao documento publicado pela TV Globo. De acordo com a Sabesp, uma outra análise, feita pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), chegou à conclusão oposta: a causa do acidente seria “a passagem do shield (tatuzão) sem que fossem tomadas as devidas medidas protetivas pela Acciona”. A Acciona é a construtora responsável pela Linha Uni.
Já a Linha Uni argumenta que a conclusão do laudo corrobora as conclusões apresentadas em relatórios anteriores que apontam que “não houve ação/omissão ou responsabilidade atribuível à construtora que tenha desencadeado o incidente”.
A concessionária disse, ainda, que irá tomar as providências cabíveis “em momento oportuno e aguarda o desfecho dos processos relacionados ao tema”.
Relembre o caso
Na manhã do dia 1º de fevereiro de 2022, funcionários da Linha Uni trabalhavam na construção da futura estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado, da Linha 6-Laranja, na zona norte de São Paulo, quando o chão começou a ceder e abriu a super cratera.
O evento não deixou feridos, mas interditou a Marginal Tietê e outras vias da região em todos os sentidos. Após o colapso, o buraco foi inundado por cerca de 2.240 litros de esgoto. Foram necessários 50 dias de trabalho intenso para que todo o material fosse drenado.
Na época, a Linha Uni precisou construir um desvio para os carros que trafegavam na região e fazer a drenagem do local para a retomada das obras.
Fonte: Oficial