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Alunos da EPG Amélia Duarte vivem experiência literária antirracista

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Alunos da EPG Amélia Duarte vivem experiência literária antirracista

Os alunos do 5º ano da EPG Amélia Duarte, localizada no Jardim Ponte Alta, têm vivido uma experiência literária enriquecedora, com base numa educação antirracista na perspectiva dos direitos humanos durante o ano letivo. A professora da turma, Delma Silva Alves, costuma apresentar histórias de personagens das mais diferentes culturas, etnias e realidades, que ajudam as crianças a desenvolverem a empatia e a inclusão e a valorizarem a beleza da diversidade.

 

O projeto pedagógico está pautado na lei federal 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, contribuindo para uma educação mais inclusiva e consciente focada na desconstrução do racismo.

 

“Como professores, precisamos criar um ambiente escolar em que todos os educandos se sintam valorizados, respeitados e representados, independentemente de sua origem étnico-racial. Em um mundo cada vez mais globalizado e diverso, a educação antirracista reflete esse compromisso com a equidade e a justiça social”, explica Delma.

 

Protagonismo dos educandos

 

Os alunos participam ativamente das atividades com bastante entusiasmo ao realizar pesquisas sobre personalidades negras influentes na História, na ciência, na arte e no esporte, entre outras intervenções pedagógicas. Independentemente do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, no cotidiano escolar o ensino é reforçado continuamente pro meio do uso de literaturas relevantes que apresentam protagonistas negros e livros paradidáticos.

 

Um dos trabalhos elaborados foi a criação de um painel com capas de livros de personalidades negras lidos e trabalhados em sala de aula com o objetivo de promover o hábito e o prazer pela leitura, incentivando o compartilhamento de experiências literárias entre o grupo. “Ao visualizar as capas dos livros os alunos podem relembrar histórias, associar obras a temas discutidos e despertar o interesse por novos títulos”, explica a professora Delma. O trabalho foi realizado em quatro aulas e na última aconteceu um seminário, em que cada aluno teve a palavra.

 

Além disso, a atividade estimulou o desenvolvimento da comunicação oral e escrita à medida que cada aluno pôde compartilhar suas impressões sobre os livros lidos e ouvir a opinião dos colegas, o que fortaleceu o senso crítico e a compreensão textual ao longo das aprendizagens.

 

Representatividade

 

Para ampliar as discussões sobre identidade, pertencimento e cultura, além de fortalecer a autoestima de crianças negras, que se veem representadas em histórias, a ação contemplou diversos livros infantis, dentre eles Com qual Penteado Eu Vou?, A Mesma Nova História, Os Tesouros de Monifa, Amoras, Procura-se Carolina, É o Tambor de Crioula!, O Coração do Baobá, Vovô Mandela e Quanta África tem no Dia de Alguém?.

 

Fotos: Divulgação/PMG