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Após tragédia em Vinhedo, 35 pessoas cancelam voos com a VoePass

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imagem colorida do avião PS VPB da VoePass que caiu em vinhedo (sp)

São Paulo – Desde sexta-feira (9/8), quando um avião da VoePass caiu e matou os 62 ocupantes, em Vinhedo, interior de São Paulo, 35 passageiros que iriam voar pela empresa decidiram cancelar seus embarques.

O número de cancelamentos ocorreu até esta segunda-feira (12/8), conforme confirmaram ao Metrópoles, em sigilo, funcionários do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana.

Os passageiros mortos seguiam de Cascavel, no Paraná, para o aeroporto da Grande São Paulo. O voo era ocupado por 58 passageiros e quatro tripulantes. Até agora, 17 corpos foram identificados e oito deles foram liberados para as famílias.

Os funcionários do aeroporto internacional acrescentaram que, no dia da tragédia, 108 pessoas deixaram de voar pela VoePass — metade iria sair de Guarulhos e, a outra metade, fazia o percurso inverso, com destino à cidade da Grande São Paulo. Esses passageiros tiveram os voos cancelados pela companhia aérea por causa do acidente.

Como mostrado pelo Metrópoles, o primeiro velório após a tragédia foi o do passageiro José Carlos Copetti, nesse domingo (11/8), em São José dos Campos, Vale do Paraíba. O homem, de 45 anos, era de Jacareí e morava na cidade onde foi sepultado.

O corpo de Pedro Gabriel Gusson do Nascimento, de Bom Jesus dos Perdões (SP), foi velado desde a madrugada desta segunda-feira. O enterro aconteceu no início da tarde. Já os restos mortais do piloto do avião, Danilo Romano, seriam velados na Penha, zona leste paulistana.

Enterro em Cascavel

No início da tarde de domingo (11/8), o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PL), disse que os corpos de moradores da cidade paranaense poderão retornar ao município em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Dos 62 mortos, pelo menos 22 são de Cascavel, além de algumas vítimas de municípios vizinhos. A cidade disponibilizará um espaço para o velório coletivo das vítimas.

O trabalho para identificá-las acontece de forma ininterrupta no IML Central desde que os primeiros corpos foram retirados dos destroços. Mais de 40 profissionais atuam na força-tarefa montada para agilizar o reconhecimento e a liberação às famílias, cujo prazo é indeterminado.

O que se sabe sobre a queda

O avião de prefixo PS-VPB havia saído de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e chegada prevista para às 13h50. Aquela era a quarta viagem do dia da aeronave turboélice modelo ATR-72, com 73 assentos. Dentro dela, havia 58 passageiros e 4 tripulantes. Nenhum deles sobreviveu. Por sorte, ninguém em solo foi atingido pelo avião, que caiu no quintal de uma casa.

Tanto as autoridades quanto a companhia aérea VoePass, antiga Passaredo, e especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam ser prematuro apontar a causa do acidente, embora a principal suspeita até o momento seja a formação de gelo nas asas da aeronave. A empresa admitiu que o modelo é “sensível ao gelo” e que esse é um “ponto de partida” para as investigações.

A empresa afirma que a aeronave decolou do Paraná com todas as condições operacionais para cumprir a programação. Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura.

Fonte: Oficial