Azul adota vans elétricas para operações em solo em Viracopos

A companhia aérea Azul adotou uma frota de veículos 100% elétricos para o transporte de passageiros em solo no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Ao todo, nove vans elétricas substituem os antigos veículos a diesel para o trabalho de embarque e desembarque remoto — quando as aeronaves são estacionadas em locais distantes da Ponte de Embarque de Passageiros (PBB), também conhecida como finger.

De acordo com a Azul, a substituição da frota terrestre em Viracopos acontece após um estudo técnico avaliar o custo-benefício das operações. Além disso, as nove vans poderão evitar a emissão de cerca de 112 toneladas de CO2 na atmosfera.

As vans escolhidas pela Azul são do modelo Jac Motors iEV750 Vip, com capacidade para acomodar 13 passageiros, além do motorista. O motor 100% elétrico tem 120 kW (163 cv) de potência máxima e 750 Nm (76,4 kgfm) de torque. A autonomia é de 235 km pelo ciclo PBEV, do Inmetro, mas a JAC informa que o modelo tem alcance de até 430 km se mantiver uma média de velocidade de 40 km/h. Além disso, não emite poluentes, enquanto uma van de porte semelhante movida a diesel pode emitir até 200 toneladas de CO2 por ano. 

Com os bons números dos modelos elétricos, a companhia aérea estuda fazer a mudança da frota em todos os 36 aeroportos em que opera no Brasil, nos mesmos moldes do que será realizado em Viracopos. Ao todo, a companhia tem mais de 150 veículos em operação nos aeroportos brasileiros.

Vantagens que valem o investimento

Segundo Daniel Tkacz, vice-presidente de Operações da Azul, além de uma economia para a companhia, o uso de veículos elétricos nas operações de solo nas bases oferece vantagens que valem o investimento. 

“O novos veículos elétricos devem manter o conforto de sempre aos clientes e ainda colaborar com os planos da companhia rumo à cada vez melhor eficiência no uso de combustível e ao cumprimento de suas metas de proteção ambiental e sustentáveis”, resume.

Outras vantagens apontadas pelo executivo são as facilidades de recarga e de providenciar reparos na base, sem tirar os veículos de operação por muito tempo.

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter, redator e editor em veículos de comunicação de grande circulação, como Grupo Folha, Grupo RAC e emissoras de TV e rádio. Acompanha o setor de veículos elétricos e outras energias renováveis para o desenvolvimento sustentável.