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Cabeleireiro morto tinha se separado e estava usando apps de namoro

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O cabeleireiro José Roberto Silveira, de 59 anos, que foi encontrado morto e amarrado dentro de casa na manhã do último sábado (22/11), em Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, havia terminado um relacionamento recentemente e estava saindo com homens em encontros marcados através de aplicativos de namoro, segundo o relato de uma testemunha.

A Polícia Civil também identificou que o cabeleireiro foi indiciado por ameaça e lesão corporal em um boletim de ocorrência feito pelo ex-companheiro. Outra denúncia de ameaça foi feita em um boletim registrado pelo atual namorado do ex.

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O cabeleireiro José Roberto Silveira, encontrado morto em sua casa, no Alto de Pinheiros

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O cabeleireiro José Roberto Silveira, encontrado morto em sua casa, no Alto de Pinheiros

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O cabeleireiro José Roberto Silveira, encontrado morto em sua casa, no Alto de Pinheiros

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Um homem que alugava um dos quartos da casa  — um sobrado na Rua Pio XI — contou à polícia que é amigo de Silveira há cerca de sete anos e que estava morando no imóvel com a vítima havia dois dias.

O amigo disse para os investigadores que, por volta de 2h de sábado, o cabeleireiro bateu na porta dele pedindo uma seda e uma toalha, o que causou estranheza, uma vez que a vítima não usava drogas.

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O vizinho de quarto voltou a dormir e, por volta das 10h, levantou e foi tomar banho no banheiro próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Entretanto, o homem alega que não viu o cadáver porque não acendeu a luz e o corpo estava do lado contrário da cama.

Cabeleireiro morto

Segundo o boletim de ocorrência, o corpo de vítima foi encontrado pelo sócio e a prima dele. A vítima estava de barriga para cima, no chão, à esquerda da cama e próximo da parede. Além dos punhos e das pernas amarradas, Silveira estava amordaçado por uma toalha de rosto presa com um fio branco semelhante ao de um carregador.

O corpo tinha hematomas nos braços, ombros e na região do nariz. No braço esquerdo, havia um ferimento compatível com marca de mordida.

O registro policial também aponta que os travesseiros da cama onde o corpo foi encontrado estavam com manchas que aparentavam ser de sangue. Ao lado da cama, havia uma jarra de uma bebida que parecia ser alcoólica e no banheiro havia uma faca de cozinha apoiada sobre uma toalha na pia. Não havia sinais visíveis de sangue no material.

Durante uma vistoria na região, as autoridades policiais constataram que havia câmeras de segurança na entrada do sobrado onde o cabeleireiro foi encontrado, no estabelecimento de frente à residência e em um autoelétrico no começo da rua. Os equipamentos flagraram a vítima saindo de casa por volta de 1h39 de sábado, ocasião em que dirigia um veículo recém-alugado.

O boletim de ocorrência diz que, por volta das 2h13, o cabeleireiro voltou para casa com dois homens não identificados no carro. Às 5h53, as imagens flagram os dois indivíduos abrindo o portão frontal da residência e saindo a pé, caminhando pela rua.

Depoimentos

A prima da vítima, uma das primeiras pessoas a encontrar o corpo do cabeleireiro, contou à polícia que foi criada pela mãe de Silveira, hoje com 98 anos, e que mora junto com o homem nos andares superiores do sobrado — a vítima usava o térreo como um salão de beleza.

A testemunha contou que, por volta das 13h, recebeu uma ligação da idosa informando que o filho havia saído muito cedo pela manhã e que ainda não havia retornado. Com essa informação, a mulher foi para a casa da tia.

Ao entrar no imóvel, a mulher encontrou o sócio e amigo do cabeleireiro. Os dois, então, foram preparar o almoço da senhora quando o homem foi até o andar de cima ver se Silveira estava no quarto dele, momento em que encontrou a vítima morta.

O sócio contou à polícia que foi ao local para cuidar da mãe da vítima, a idosa de 98 anos, que é uma pessoa conhecida da vizinhança e que, por conta da elevada idade, precisa de alguns auxílios.

Ele relatou às autoridades que, ao encontrar o corpo sem vida, desceu para contar à prima e à mãe da vítima e acionou a Polícia Militar (PM).

Investigação

  • O caso é investigado como homicídio pelo 14° Distrito Policial de Pinheiros, que solicitou apoio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
  • As autoridades reuniram as imagens de segurança das câmeras citadas anteriormente e buscam identificar os dois rapazes flagrados saindo do imóvel no final da madrugada de sábado. Exames periciais também foram solicitados.
  • A locadora responsável pelo carro alugado recentemente pela vítima disponibilizou um relatório de geolocalização do veículo no período entendido entre a saída do cabeleireiro e a sua volta para o imóvel.

Fonte: www.metropoles.com