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Cadela ferida em voo da Latam não recebeu assistência, diz advogada

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São Paulo — No último sábado (7/9), Evelyn Bürgers compartilhou um vídeo de sua cadela, Cookie, que foi ferida em um voo da Latam que ia do Amazonas para São Paulo. No registro (veja abaixo), é possível ver a cachorrinha toda ensanguentada dentro da caixa de transporte.

A advogada Giovana Poker, focada em Direito Animal, conversou com o Metrópoles sobre o caso, que aconteceu no dia 13 de junho. Segundo Giovana, a cachorra estava acostumada a fazer esse trajeto.

No dia em questão, Cookie demorou para ser entregue para a tutora. “Quando apareceram com a caixa dela, simplesmente entregaram a cachorrinha naquele estado com a caixa toda ensanguentada, não deram nenhuma explicação para o que tinha acontecido, não prestaram nenhum tipo de assistência”, disse a advogada.

Veja:

“Ninguém ofereceu qualquer auxílio, ela [Evelyn] teve que levar a Cookie para o banheiro do aeroporto sozinha e limpar o sangue, e depois encaminhar a Cookie para o veterinário às suas próprias custas. Ela que custeou tudo”, acrescentou.

Giovana relatou que a cadela teve ferimentos graves debaixo das unhas, cortou a pata e a língua. “A gente ainda não sabe o porquê, porque ela era uma cachorrinha adaptada para esse tipo de transporte”, reiterou. A profissional suspeita que o animal possa ter sido submetido a calor intenso, oxigenação inadequada ou uma queda. “A gente não sabe, por exemplo, se ela ficou dentro do porão com o avião desligado no calor, a gente não sabe ainda o que pode ter desencadeado esse desespero nela a ponto dela até se machucar para conseguir sair da caixa.”

Giovana está representando Evelyn no caso, mas contou ao Metrópoles que a tutora já está movendo uma ação contra a Latam, porque já tinha tido problemas em relação à segurança de Cookie. “Dessa vez, de novo, só que foi mais grave. A Cookie ficou muito mal, ela está fisicamente recuperada, mas ela ficou traumatizada, ela está muito medrosa”, falou.

Segundo a advogada, a dona da cadela entrou com uma ação de reparação de danos morais e materiais pelo ocorrido. “Na Justiça, está sendo pleiteada a indenização pelos danos morais e materiais, bem como está sendo pedido o direito da tutora viajar com a Cookie no trajeto de São Paulo para o Amazonas dentro da cabine”, explicou.

Em nota, a Latam afirma se sensibilizar com o ocorrido e ter prestado “todo o suporte e informações solicitadas” à tutora.

“A apuração da Latam constatou que não houve avarias no kennel (caixa de transporte) durante o voo e também não foram constatados indícios de erros no manuseio e transporte da caixa desde o embarque em Manaus. A principal hipótese para o sangramento é a tentativa do pet de abertura da fechadura do kennel durante o voo”, informa o pronunciamento.

Fonte: Oficial