São Paulo — Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Leonardo Rodrigues Nunes foi assassinado após marcar um encontro por meio de aplicativo de relacionamento gay, em 12 de junho, na Vila Natália, na região do Sacomã, zona sul de São Paulo.
Veja:
De acordo com o boletim de ocorrência, Nunes saiu do bairro do Cambuci, região central, por volta das 23h no dia dos namorados. Ele, inclusive, chegou a compartilhar a localização com um amigo por precaução, além de ter avisado um possível horário para retorno.
Como Leonardo parou de responder mensagens, os amigos dele ficaram preocupados e passaram a buscar o perfil do homem que havia marcado o encontro com a vítima, mas viram que ele havia sido apagado.
O grupo registrou o boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas e recebeu a informação de que a localização do celular de Leonardo mostrava que o aparelho estava na favela de Heliópolis, na zona sul.
Então, os amigos ficaram sabendo de uma pessoa que foi internada após ser baleada no Hospital Ipiranga. Eles reconheceram o corpo de Leonardo por meio de fotos.
Família
Na época, a mãe de Leonardo Rodrigues Nunes afirmou que iria lutar por Justiça. Em publicação nas redes sociais, Adriana Rodrigues disse que “essa luta agora é minha”. Ela descreveu Leonardo como uma pessoa maravilhosa e um “ser humano iluminado”.
JUSTIÇA POR LEO. Meu coração sangra de receber uma notícia monstruosa dessa. Meu filho era uma pessoa maravilhosa. Um ser humano iluminado, incapaz de fazer maldade a qualquer pessoa ou animal. Essa luta agora é minha, aliás é nossa. Comunidade Lgbt vamos pra cima. pic.twitter.com/ZJoC9lTfgN
— adriana (@adriana44940732) June 15, 2024
No velório de Leonardo, o pai do rapaz, Aurélio Nunes, também se manifestou. “Ele morreu porque era gay. Você não vê ódio contra héteros. Você não vê ódio contra brancos. Você não vê ódio contra ricos. Mas vê ódio contra pretos, contra pobres, contra gays.”
Fonte: Oficial