Casal de adolescentes confessa abandono de bebê em banheiro de UPA

São Paulo — A Polícia Civil identificou o casal de adolescentes que abandonou um bebê recém-nascido no banheiro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, no último domingo (21/7). Segundo a polícia, eles confessaram o abandono.

A garota de 15 anos e o namorado, de 17, são os pais da criança, não queriam ter filho e combinaram de abandoná-lo. Câmeras de segurança mostraram a mãe levando o bebê enrolado em panos ao posto de saúde e, em seguida, funcionários do local acolhendo o recém-nascido (veja abaixo).

A delegada Kelly Cristina Sachetto afirmou ao Metrópoles que o trâmite agora é encaminhar o inquérito policial para Vara da Infância e da Juventude, “pois os adolescentes cometeram ato infracional de abandono de incapaz”. A pena prevista é de 6 meses a 3 anos de reclusão e eles responderão ao processo em liberdade.

“Quanto ao bebê, o juiz irá determinar seu destino. Ele segue internado sob a guarda da justiça”, afirmou a delegada.

A investigação identificou o casal a partir das imagens. Primeiro, foi identificada a placa do motorista de aplicativo que levou a mãe até a UPA. A partir das informações dele, chagaram a jovem mãe do bebê.

Quando foi localizada pela polícia, a adolescente mentiu. Disse não ser a mãe da criança e que a encontrou em um matagal. Ainda afirmou que, por isso, decidiu levá-la a um hospital. Depois, acabou confessando o abandono de seu próprio filho, segundo informações do portal G1.

A mãe deixou a criança com um bilhete: “Boa tarde. Por favor, cuidem bem dele e o leve ao médico”.

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que os policiais do 6ºDP de São Bernardo identificaram os dois adolescentes que abandonaram um bebê recém-nascido na UPA Baeta Neves, no último dia 21/7.

“Os adolescentes comparecerem na unidade na noite de sexta-feira (26/7), junto aos responsáveis, e confessarem o ato infracional. Ambos foram ouvidos e liberados por não se tratar de um ato em flagrante, sendo de responsabilidade dos representantes legais apresentá-los em sede judicial assim que for requisitado. O caso foi registrado como abandono de incapaz”, diz a pasta.