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Caso raro: canal em dente de hipopótamo mobiliza 16 veterinários em SP

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Caso raro: canal em dente de hipopótamo mobiliza 16 veterinários em SP

Um caso raro movimentou a rotina de veterinários no interior de São Paulo nessa segunda-feira (14/7): Dinho, um hipopótamo que vive no Bosque dos Jequitibás, em Campinas, precisou passar por um procedimento odontológico de canal em dois dentes. Segundo a equipe responsável, o animal é um dos primeiros megavertebrados brasileiros a passar por esse tratamento.

O problema de Dinho foi identificado pela equipe do parque, que estranhou o comportamento quieto e a falta de apetite do animal. “Nós notamos que ele estava diferente, não querendo comer, e já havia uma exposição da polpa dentária de dois dentes”, comenta a médica veterinária Gabriela Figueiredo. Eles passaram, então, a procurar veterinários que pudessem tratar o caso, que é considerado raro.

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Segundo o médico veterinário especialista em odontologia de animais selvagens Roberto Fecchio, o dente do hipopótamo estava com a parte interna exposta. Para o procedimento, foi necessário mobilizar um grupo composto por cinco especialistas em odontologia, quatro especialistas em anestesia, especialistas em manejo clínico e a equipe do zoológico do Bosque, totalizando 16 pessoas.

O trabalho foi mais fácil pois alguns dos especialistas que participaram já tinham experiência com hipopótamos anteriormente, o que possibilitou que o tratamento acontecesse sem nenhuma intercorrência. “Só de saber que ele vai ter uma qualidade de vida melhor já é uma missão cumprida para todos nós aqui”, comentou o médico.

O caso durou cerca de duas horas, entre a anestesia e o canal nos dois dentes. Fecchio destacou que existem poucos relatos de procedimentos odontológicos feitos em hipopótamos: Dinho é o 9º animal tratado durante toda sua experiência como veterinário. No Brasil, ele acredita que o “animalzinho” seja o segundo ou terceiro a passar pelo tratamento.

Agora, Dinho deve ficar pelo menos 24 horas em isolamento até que todos os seus reflexos e sua consciência voltem ao normal. Depois, ele deve passar por uma adaptação alimentar para retomar a sua alimentação normal, que deve durar de três a cinco dias. Após um período de cerca de 10 dias para terminar todos os medicamentos do pós-operatório, ele estará liberado.

Fonte: www.metropoles.com