Um pterossauro gigante foi descoberto na Síria pela equipe de pesquisadores da qual a paleontóloga síria Wafa Adel AlHalabi, da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, interior paulista, faz parte. O animal é um dos maiores já encontrados da espécie.
Em um estudo chamado Recuperando o Tempo Perdido na Síria, os cientistas explicaram que reconstruíram parte da anatomia do animal a partir de um único osso do braço, o úmero. Veja:
Segundo o Laboratório de Paleontologia da USP Ribeirão, o pterossauro é um réptil voador proveniente de rochas do Cretáceo. Ele foi originalmente descrito na década de 1980 pelos paleontólogos Guiseppe Leonardi e Guido Borgomanero, tendo sido reanalisado pelo biólogo Bruno Vila Nova e colaboradores em 2012. Era um animal de porte médio que se alimentava de peixes.
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O pterossauro sírio teria entre 72 e 66 milhões de anos e viveu no início do período Maastrichtiano, a mais recente das idades do Cretáceo. Outro pesquisador brasileiro que fez parte do estudo foi o especialista em répteis alados Felipe Pinheiro, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul.
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Para Felipe, as análises indicam que “o exemplar sírio poderia chegar a até dez metros de envergadura, o que o coloca entre os maiores pterossauros já descobertos no mundo”.
Residente no Brasil desde 2016, a paleontóloga Wafa Adel AlHalabi é bacharel e mestre em Ciências Biológicas pela Universidade de Damasco, na Síria, e doutora em Biologia Comparada pela USP Ribeirão. Ela possui vasta experiência em consultoria ambiental em países do Oriente Médio e concentra suas pesquisas em tetrápodes cretácicos de seu país de origem e na base morfológica para estudos filogenéticos da origem dos dinossauros.
Fonte: www.metropoles.com