O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou nessa terça-feira (29/7) um procedimento investigatório criminal para apurar um possível uso indevido de cartões corporativos do Corinthians durante as gestões presidenciais dos ex-dirigentes Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
O procedimento foi instaurado pelo promotor Cassio Roberto Conserino e pediu foco em dois períodos, um entre o fim do ano de 2020 e início de 2021, e outro no período entre janeiro de 2021 e dezembro de 2023. O Ministério Público busca reunir indícios de possíveis crimes de apropriação indébita agravada pelo ofício, emprego ou profissão.
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O órgão ainda marcou a oitiva de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Armando Mendonça, vice-presidente do clube, e Osmar Stabile, presidente interino do Corinthians. Os depoimentos acontecerão separados, todos de maneira virtual, via videochamada no aplicativo Teams, na manhã de 6 de agosto.
Andrés admitiu gastos
- No dia 10 de julho, o ex-presidente Andrés Sanchez admitiu nas redes sociais que gastou R$ 10 mil com gastos pessoais no cartão corporativo do Corinthians e que não ressarciu o valor.
- “Confirmada a despesa, pedi que calculassem os valores, com juros e correção monetária, a fim de de que eu possa providenciar de imediato a quitação dessa pendência”.
- O reembolso foi feito no valor de R$ 15 mil. Apesar disso, outros gastos suspeitos são investigados pelo Conselho Deliberativo do Corinthians. Na semana passada, o conselho do clube aprovou o encaminhamento da investigação para a Comissão de Ética.
Gastos com tadalafila e cerveja
Conforme revelado pelo GE, durante a presidência de Duílio Monteiro Alves entre os anos de 2021 e 2023, o Corinthians pagou alguns produtos e serviços para o uso pessoal do dirigente, entre eles cerveja, cigarro e tadalafila, remédio para disfunção erétil.
No período entre 26 de setembro de 2023 e 31 de outubro do mesmo ano, o mandatário fez 176 compras e gastou R$ 86.524,62. Além disso, as notas fiscais da época apontam ainda que Duílio gastou R$ 32.580 em um mercado localizado no Jardim Angêla, na zona sul de São Paulo.
Porém não há indicativos de qualquer estabelecimento comercial na região nos últimos anos. Ainda há registros de gastos pessoais com alimentação, farmácias, salão de festa e presentes.
Duílio negou as acusações e chegou a ir à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), em São Paulo, para registrar uma notícia-crime contra a reportagem.
Fonte: www.metropoles.com