São Paulo — Familiares das vítimas do acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, começam a realizar os primeiros velórios das vítimas, à medida que os corpos são identificados e liberados. Até a manhã desta segunda-feira (12/8), o Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo havia identificado 12 vítimas e feito a liberação de oito corpos. As certidões de óbito já foram lavradas em cartório.
O primeiro velório realizado foi o do passageiro José Carlos Copetti, nesse domingo (11/8) em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. O homem, de 45 anos, era de Jacareí e morava em São José.
Nessa segunda-feira (12/8), o corpo do piloto da aeronave, Danilo Romano, será velado na capital.
Até o momento, a Justiça já expediu o alvará de cremação de duas vítimas.
Quarenta e quatro famílias já foram atendidas pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo. Elas estão hospedadas no hotel Jaraguá, no centro da capital.
O que se sabe sobre a queda
O avião de prefixo PS-VPB havia saído de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e chegada prevista para às 13h50. Aquela era a quarta viagem do dia da aeronave turboélice modelo ATR-72, com 73 assentos. Dentro dela, havia 58 passageiros e 4 tripulantes. Nenhum deles sobreviveu. Por sorte, ninguém em solo foi atingido pelo avião, que caiu no quintal de uma casa.
Tanto as autoridades quanto a companhia aérea VoePass, antiga Passaredo, e especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam ser prematuro apontar a causa do acidente, embora a principal suspeita até o momento seja a formação de gelo nas asas da aeronave. A empresa admitiu que o modelo é “sensível ao gelo” e que esse é um “ponto de partida” para as investigações.
Segundo o diretor de Operações da VoePass, Marcel Moura, o avião havia passado por uma revisão técnica de rotina na madrugada anterior, em Ribeirão Preto, onde fica a sede da empresa. Ela estava “100% despachada, de acordo com os manuais e regulamento”, após a inspeção, disse Moura. Para a empresa, ela estava apta a voar.
A empresa afirma que a aeronave decolou do Paraná com todas as condições operacionais para cumprir a programação. Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura.
Fonte: Oficial