Debates em SP apresentam “baixo nível” para 8 em cada 10 eleitores

São Paulo – Os cenários de bate-boca generalizados dos últimos debates, que culminaram até em agressão física, têm sido mal avaliados pelo eleitor paulistano. Pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (24/9) aponta que 81% dos eleitores, ou 8 em cada 10 entrevistados, consideram de “baixo nível” os debates realizados nestas eleições.

Para 7% os encontros entre candidatos estão com “alto nível”, 4% consideram “nem alto, nem baixo nível”, e 8% não sabem opinar ou não responderam.

Os debates têm ficado marcados pela troca de insultos, com apelidos jocosos e provocações recorrentes dos adversários. A discussão de propostas sobre o futuro da cidade, por outro lado, tem sido deixada de lado por aqueles que tentam conquistar o voto do morador da capital paulista.

Segundo a pesquisa Quaest, os candidatos que têm se saído melhor nos debates são Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol), apontados respectivamente por 19%, 17% e 13% – o que indica empate técnico entre os três. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Tabata Amaral (PSB) foi apontada por 10% dos eleitores como a que está se saindo melhor nos debates, José Luiz Datena (PSDB) por 3%, e Marina Helena (Novo) por 2%. Não apontaram nenhum dos candidatos como o melhor 9% dos eleitores e 27% não souberam responder ou não responderam.

A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 23 de setembro, ou seja, depois do episódio da cadeirada entre Datena e  Marçal no debate da TV Cultura, e antes do soco dado por um membro da equipe de Marçal no marqueteiro de Nunes.

A Quaest também perguntou aos eleitores se os debates influenciavam na hora da definição do voto. Para 51%, os eventos não influenciam em nada a decisão de voto, 28% disseram que influencia muito, 20% que influencia pouco, e 1% não soube ou não respondeu. Metade dos entrevistados disseram que estão assistindo aos debates.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A Quaest entrevistou presencialmente 1,2 mil eleitores de São Paulo.