Um delegado da Polícia Cvil paulista foi condenado, nessa sexta-feira (17/10), a mais de 29 anos de prisão por integrar um grupo criminoso que extorquia empresários da cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Ainda cabe recurso.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), José Clésio Silva de Oliveira Filho é apontado como líder do grupo, composto por policiais civis, guardas municipais, servidores públicos, advogados e particulares que atuavam de forma irregular na delegacia da cidade. Por isso, o agente recebeu a maior condenação.
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Além dos anos de pena, os réus condenados perderam seus respectivos cargos públicos e deverão indenizar as vítimas em mais de R$ 600 mil, além de pagar R$ 10 milhões por dano moral coletivo ao Fundo do Estado de São Paulo.
A Justiça também determino que os valores obtidos após o bloqueio de bens dos réus devem ser usados para ressarcir os prejuízos causados às vítimas e à coletividade. “A sentença ainda destacou que as condutas dos condenados abalaram a credibilidade da Polícia Civil”, diz o MPSP.
Extorsões
- De acordo com a promotoria, as investigações apontam que o grupo criminoso realizava incursões policiais sem autorização judicial, apreendendo mercadorias de empresas legítimas sob falsas alegações de crimes.
- Em seguida, os réus exigiam quantias elevadas das vítimas para evitar eventuais prisões. Para isso, contavam com a intermediação de advogados, que, invés de defender os clientes, fomentavam os crimes praticados pelos servidores públicos.
- A quadrilha foi descoberta e presa durante a Operação Chicago, deflagada em março de 2024. 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão foram cumpridos na ocasião.
- Os réus foram condenados a partir de uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Fonte: www.metropoles.com