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Disputa de facções marca 10 cidades mais violentas do país. Veja lista

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Dados divulgados nesta quinta-feira (24/7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que as cidades com as maiores taxas de homicídio a cada 100 mil habitantes do Brasil têm disputas entre facções e outros grupos criminosos. As cidades mais violentas estão localizadas em três estados: Bahia, Ceará e Pernambuco.

O município que lidera a lista é Managuape, no Ceará, com 79,9 mortes violentas a cada 100 mil. Na sequência, vêm três cidades baianas: Jequié, com 77,6; Juazeiro, com 76,2; e Camaçari, 74,8. As cidades pernambucanas de Cabo de Santo Agostinho e São Lourenço da Mata aparecem na quinta e na sexta posição, com 73,3 e 73,0, respectivamente.

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Simões Filho, na Bahia, vem em sétimo, com 71,4; Caucaia, no Ceará, em oitavo, com 68,7; e Maracanaú, no mesmo estado, aparece em nono, com 68,5. Feira de Santana, na Bahia, fecha a lista, com 65,2.

Veja lista completa:

Tabela com cidades mais violentas do país em 2024

Da lista, cinco cidades estavam no ranking das mais violentas do país, em 2023: Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Maranaguape.

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Disputa de facções alavanca mortes

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) fez uma lista sobre os principais fatores responsáveis pelos altos índices de homicídios das dez cidades mais violentas:

  • Maranguape (CE): localizada na região metropolitana de Fortaleza, a cidade é palco de uma disputa sangrenta entre duas facções criminosas, o Comando Vermelho (CV) e os Guardiões do Estado (GDE).
  • Jequié (BA): Embora tenha apresentado uma redução de 2,2% no número de mortes violentas intencionais entre 2023 e 2024, passando de 134 para 131 vítimas, a cidade permanece como uma das mais violentas do país. O município consta ainda do ranking das maiores taxas de letalidade policial: das 131 MVI registradas no último ano, 44 foram provocadas pelas polícias Militar e Civil, ou seja, 1 em cada 3 mortes na cidade foram provocadas por agentes estatais.
  • Juazeiro (BA): a cidade baiana teve a maior alta no número de MVI (9,6%), com 194 vítimas. Com pouco mais de 250 mil habitantes, Juazeiro fica a mais de 500km de distância da capital e “reflete a interiorização da violência que tomou o Estado, em grande medida pela expansão de grupos criminosos”. Na cidade, atuam ao menos duas facções que operam o narcotráfico, segundo reportagens de imprensa: o Bonde dos Malucos (BDM) e uma dissidência deste grupo intitulada “Honda”.
  • Camaçari (BA): a cidade, que aparecera em segundo lugar no ranking do ano anterior, apresentou redução de 12,1% no número de vítimas de MVI, passando de 272 mortos, em 2023, para 239, em 2024. Apesar da melhora, a taxa se mantém elevada, com 74,8 mortes por 100 mil.
  • Cabo de Santo Agostinho (PE): com taxa de 73,3 mortes por 100 mil habitantes, a cidade do Grande Recife sofre com a atuação de facções atuantes no narcotráfico e é disputada, há anos, pela Comando Litoral (antigamente chamada de Trem Bala).
  • São Lourenço da Mata (PE): a cidade tem figurado em reportagens de imprensa como local de disputas pelo controle do tráfico de drogas.
  • Simões Filho (BA): O município que figura há anos entre os mais violentos do país tem sido alvo de disputas entre grupos criminosos como Bonde dos Malucos (BDM) e Comando vermelho.
  • Caucaia (CE): a cidade, que teve crescimento de 8,9% no número de vítimas de MVI, vem sendo disputada por ao menos três grupos criminosos: o GDE, o Comando Vermelho e os Neutros e/ou Tudo Neutros (TDN), também conhecidos como Massa. O último grupo surgiu como uma dissidência do Comando Vermelho, em meados de 2021, e tem se mostrado extremamente violento.
  • Maracanaú (CE): o município também sofre com o conflito entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas e vem sendo objeto de disputas entre o Comando Vermelho e o GDE.
  • Feira de Santana (BA): a cidade apresentou redução de 6,5% no número de vítimas de mortes violentas intencionais, mas segue com taxa elevada, de 65,2 mortes por 100 mil. Em junho deste ano, uma liderança do narcotráfico vinculada à facção Bonde dos Malucos foi presa em São Paulo em uma operação conjunta da FICCO, evidência dos vínculos entre a organização criminosa local e o PCC.

Fonte: www.metropoles.com