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Dólar recua para R$ 5,86 depois da recente alta de juros

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O dólar apresenta uma queda acentuada nesta quinta-feira, 12, e reflete a reação dos investidores à recente elevação da taxa de juros anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. Além disso, o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os indicadores econômicos internacionais seguem no foco dos mercados.

Na véspera, o Copom anunciou uma elevação de 1 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic), passando de 11,25% para 12,25% ao ano. Esse aumento representa uma aceleração no ritmo de alta. O tom do comunicado foi mais incisivo do que o esperado. A decisão do Copom destacou o cenário econômico adverso. O comitê previu uma taxa de juros de 14,25% ao ano para 2025. Isso surpreendeu o mercado.

A pressão para mais aumentos de juros surge de uma combinação de fatores. A desvalorização do real, a inflação no Brasil e o impacto da economia global são elementos que pesam.

A expectativa de novas elevações justifica-se pela persistente incerteza nos indicadores econômicos. Analistas temem que a inflação continue acima da meta para os próximos anos. Também preocupa o comportamento da inflação no setor de serviços. A taxa de câmbio pode continuar pressionando a inflação, caso o real se desvalorize ainda mais.

Dólar registrou queda

Em relação ao desempenho dos mercados, o dólar registrava uma queda de 1,14% por volta das 10h30. O valor estava em R$ 5,90, com a mínima do dia que alcançou R$ 5,86. Na véspera, a moeda norte-americana havia recuado 1,30% e ficou em R$ 5,96. Esses resultados levaram a um acumulado de queda de 1,70% na semana e 0,54% no mês. No entanto, o dólar avançou 22,99% ao longo de 2024.

O índice Ibovespa, por sua vez, registrava uma queda de 1,41%, aos 127,6 pontos. O índice havia fechado em alta na véspera. No acumulado, o índice ainda apresenta crescimento de 2,90% na semana e 3,12% no mês. Contudo, ele apresenta um recuo de 3,42% no ano.

Os mercados internacionais também seguem sob vigilância. Dados de inflação nos Estados Unidos, especialmente relacionados ao índice de preços ao produtor, estão sendo acompanhados de perto. Também são observados os pedidos de auxílio-desemprego. Além disso, a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) pode afetar as expectativas globais.

Fonte: Oficial