“Homestead” é um novo filme que mistura o gênero pós-apocalíptico com uma narrativa de fé, marcando um diferencial na indústria cinematográfica. Com a crescente popularidade de histórias sobre sobreviventes, como “Fallout” e “The Last of Us”, essa produção se destaca por ser a primeira de sua categoria a servir como piloto para uma série de TV.
No enredo, dois irmãos de um país não identificado acionam uma arma nuclear na costa da Califórnia, resultando em devastação e mortes. O personagem principal, Ian Ross (Neal McDonough), é um prepper que construiu uma fortaleza nas Montanhas Rochosas para proteger sua família e funcionários de um possível colapso social.
A trama se intensifica quando a situação externa se deteriora e pessoas desesperadas começam a buscar ajuda. Ian e sua esposa, Jenna (Dawn Olivieri), inicialmente acreditam que as autoridades resolverão o problema, mas logo um ex-militar, Jeff Eriksson (Bailey Chase), alerta para a gravidade da situação.
O filme, baseado na série de livros “Black Autumn”, apresenta uma narrativa envolvente e plausível. O diretor Ben Smallbone utiliza detalhes inteligentes e personagens secundários para aumentar a credibilidade da história, incluindo um operador de rádio amador que serve como uma espécie de coro grego.
Entre os personagens, destaca-se Georgie (Georgiana White), uma criança adotada que aparentemente possui poderes de precognição, embora essa habilidade não seja explorada de forma satisfatória. A produção também deixa algumas tramas em aberto, como um romance entre os filhos dos protagonistas.
A cinematografia de Matthew Rivera e os efeitos especiais são pontos altos do filme, que é reforçado por atuações convincentes, especialmente de McDonough e Chase. Dawn Olivieri brilha como uma mulher que acredita que a fé pode mover montanhas, um tema central na narrativa.
Por fim, “Homestead” promete não apenas entreter, mas também provocar reflexões sobre fé e sobrevivência em tempos de crise, preparando o terreno para a série que se seguirá. O filme já está em cartaz e pode ser uma nova adição interessante ao catálogo de histórias de sobrevivência no cinema.