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Economista diz que o problema do projeto de Erika Hilton é a redução da jornada com o mesmo salário

Pedro Fernando Nery, economista e autor do livro Extremos: Um mapa para entender as desigualdades no Brasil, afirmou que o problema do projeto da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que propõe o fim da escala 6×1, é que ele mantém o mesmo salário por menos horas trabalhadas.

Nery também é professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Ele disse que o mercado iria se adaptar rapidamente com o fim da escala 6×1, no entanto, a proposta de manter o mesmo valor de pagamento, por menos horas de produção, causaria prejuízo às empresas.

Erika Hilton disse ter se inspirado na jornada de trabalho de países desenvolvidos para compor texto da PEC | Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Erika Hilton disse ter se inspirado na jornada de trabalho de países desenvolvidos para compor texto da PEC | Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Marques/ Agência Brasil

O economista afirmou que a redução da jornada de 44 horas para 36 horas causaria um aumento de 15% na hora trabalhada. A mudança poderia acarretar em interrupção de novas contratações, aumento da inflação de serviços e até mesmo na diminuição da força de trabalho.

Nery diz que o debate é positivo. O economista citou a Constituição de 1988, que já reduziu a jornada de 48 para 44 horas de produção e que a mudança precisaria ocorrer gradualmente.

Economista comenta proposta de Erika Hilton sobre o fim da escala 6×1

Numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o autor explica as complicações do projeto, que atingiu o número mínimo de assinaturas e que deve começar a tramitar no Congresso Nacional.

Nery disse que a proposta é criar a semana de quatro dias. Ou seja, implementar a escala 4×3 (quatro dias de trabalho e três de folga). Além disso, relembrou que propostas semelhantes ocorreram na década de 1990 como uma maneira de reduzir o desemprego.

Naquela época, acreditava-se que havia uma produção fixa em cada empresa, e que menos horas trabalhadas poderiam gerar mais empregos.

Fonte: Oficial