Uma pesquisa da Rico mostrou que o custo da ceia de Natal teve um aumento de 41,5%, nos últimos quatro anos. O estudo leva em consideração os itens tradicionais da mesa natalina.
As frutas, em particular, registraram um aumento de 94,25%. A alta teve influência de condições climáticas adversas, como o calor e a estiagem em setembro, além de custos elevados de insumos e logística, como informa a Rico.
Durante abril e maio, as chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul dificultaram a distribuição de vários produtos e mostraram como adversidades podem impulsionar a inflação.
Já no mês de setembro, o preço elevado das frutas teve a influência da seca e das queimadas em várias regiões brasileiras. Segundo o estudo da Rico, o queijo e o leite condensado tiveram aumentos de 53,42% e 51,95%, respectivamente, nos últimos quatro anos.
O filé mignon foi o item que menos aumentou, com uma alta de apenas 5,98%. A razão para isso é a alta da oferta de proteínas nos anos de 2022 e 2023, característico do ciclo econômico da pecuária.
Aumento no Índice de Preços da Ceagesp
O Índice de Preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cresceu 3,25% em novembro.
Os destaques são as verduras, que subiram 25,56%, e as frutas, que registraram alta de 5,26%.
Natal mais caro
Além da ceia, a cesta de Natal, composta por 12 itens como alimentos e presentes, subiu 46,55% de 2020 a 2024. Segundo a pesquisa, quem gastou R$ 1 mil em 2020 com despesas natalinas gastaria R$ 1.465,50 em 2024.
“Alguns fatores podem explicar o aumento desses preços, incluindo custos de manutenção, demanda aquecida, desvalorização da nossa moeda e preços de combustível”, afirmou a Rico.
Roupas tiveram aumento de 33,5%, flores 58,31%, perfumes 37,11% e brinquedos 17,02%. O preço das passagens aéreas, importante para reuniões familiares, subiu 31,82%, e as corridas de aplicativo aumentaram 19,86%.
Custos de manutenção, demanda aquecida, desvalorização da moeda e preços de combustível podem explicar as altas nos preços.
Fonte: Oficial