Home Noticias Em SP, manifestantes põe fogo em “Trump” em ato no consulado dos...

Em SP, manifestantes põe fogo em “Trump” em ato no consulado dos EUA

1
0

Entidades da esquerda realizam na manhã desta sexta-feira (1º/8) um protesto em frente ao consulado americano, na zona sul da cidade de São Paulo, contra as medidas tarifárias impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ao Brasil.

Manifestantes atearam fogo em bonecos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente americano Donald Trump ao lado de sacos que representavam os itens de exportação do Brasil. Também foi queimada uma bandeira dos EUA enquanto militantes do PSTU pediam que o governo Lula rompa as relações com o Estado de Israel. Veja:

-- Anuncios Patrocinados --
Curso Automação sem Limites

O protesto foi mobilizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) para acontecer em todo o Brasil. A ideia era que a manifestação coincidisse com a data prevista de aplicação das tarifas, mas a medida foi adiada pelo presidente Donald Trump para o próximo dia 6/8.

Em São Paulo, a União Estadual dos Estudantes escolheu o endereço do consulado por sua função “simbólica”, contando com a adesão de outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União da Juventude Socialista (UJS). O protesto levou ao fechamento do fluxo de carros da rua Henrique Dunant, em Santo Amaro. Apesar disso, os atendimentos do consulado, inclusive de emissão de vistos, continuou funcionando normalmente.

8 imagensFechar modal.1 de 8

Consulado dos EUA na zona sul de SP

Valentina Moreira/ Metrópoles2 de 8

Cartazes criticam decisões recentes de Donald Trump, presidente dos EUA

Valentina Moreira/ Metrópoles3 de 8

Policiais isolam manifestação na zona sul de SP

Valentina Moreira/ Metrópoles4 de 8

Protesto reúne entidades estudantis e sindicais

Valentina Moreira/ Metrópoles5 de 8

Manifestantes incendeiam boneco de Donald Trump

Valentina Moreira/ Metrópoles6 de 8

Bonecos do presidente Lula e cartazes

Valentina Moreira/ Metrópoles7 de 8

Manifestantes em frente ao consulado dos Estados Unidos em SP

Valentina Moreira/ Metrópoles8 de 8

Políticos locais também foram alvo de protesto

Valentina Moreira/ Metrópoles

“Estar na porta do consulado dos Estados Unidos é justamente para dar resposta das políticas do Trump ao nosso país. Mais que defender a democracia é defender a soberania nacional de ações com justificativas completamente ideológicas”, disse o primeiro secretário da UEE, Héctor Batista, ao Metrópoles.

Leia também
  • São Paulo

    Com ausências e sanção dos EUA, ato em SP vai centrar fogo em Moraes
  • São Paulo

    Tarcísio não deve ir a ato bolsonarista na Paulista. Saiba motivo
  • São Paulo

    Concurso para escrevente do TJSP tem salário inicial de R$ 6,3 mil
  • São Paulo

    “Megacentral” de golpes por estelionato é desmantelada na Grande SP

A entidade calculava a presença de 500 pessoas, mas, na prática, manifestantes presentes apontavam um esvaziamento. “Está com pouca gente, na USP tava lotado [em referência ao ato de soberania que aconteceu na Faculdade de Direito na semana passada]. Aqui é muito longe, fora de mão. E esse horário também não ajuda”, disse Ronaldo Silva de Oliveira, de 52 anos, que vende souvernirs do presidente Luís Inácio Lula da Silva em protestos da esquerda.

Para protestar contra Trump, a UEE pretendia colocar fogo em um boneco do presidente americano durante a manifestação.

Tarifas contra o Brasil

  • Donald Trump assinou, nessa quinta-feira (31/7), a ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% contra os produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
  • A ordem também inclui sanções econômicas impostas pelo governo americano a outros países do mundo.
  • Na prática, os 50% são a soma de uma alíquota de 10% anunciada em abril, com 40% adicionais anunciados no começo de junho e oficializados agora.
  • Apesar disso, o líder norte-americano deixou quase 700 produtos fora da tarifa extra de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro.
  • Ainda assim, itens importantes exportação para os EUA, como o café, deve ser taxados com a tarifa extra.
  • Produtos “isentos” serão afetados apenas com a taxa de 10%.
  • A previsão do governo norte-americano é de que o tarifaço entre em vigor no dia 6 de agosto

Volta dos “Caras Pintadas”

Além do tarifaço, entraram nas reivindicações dos manifestantes outras pautas da esquerda, como o fim da escala 6×1 e a taxação de grandes fortunas. Incentivados pelo discurso do governo federal, a perspectiva é que os protestos aumentem a sua frequência nos próximos meses. No dia 14 de agosto, está prevista uma nova mobilização com o objetivo de “retomar dos símbolos nacionais”.

“A gente está fazendo uma retomada do movimento caras pintadas para mostrar que somos nós que somos os nacionalistas, somos nós como classe trabalhadora, que estamos defendendo a nossa nação. Esse tarifaco vai atingir a gente que vai ficar desempregada, nós estudantes que trabalhamos e estudamos para ajudar na renda de casa, nós que vamos ser afetados”, explicou Julia Monteiro, de 19 anos, da União Paulista de estudantes secundaristas.

Julia faz referência aos protestos mobilizados pelo movimento estudantil na década de 1990 pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor. A manifestação desta sexta, no entanto, ficou longe de lembrar o engajamento da época, mas os manifestantes se esforçaram em usar bandeiras do Brasil e cantar músicas como o Hino da Independência, apropriadas, segundo eles, por manifestações bolsonaristas.

Fonte: www.metropoles.com