São Paulo — A Prefeitura de São Paulo assinou na manhã desta sexta-feira (6/9) a desapropriação do terreno do Parque do Bixiga, no centro da cidade. Agora, a escritura do terreno, que era propriedade do Grupo Silvio Santos, está no nome do poder público.
O parque era uma reivindicação de lideranças comunitárias da região central há décadas e havia sido uma das bandeiras do diretor de teatro Zé Celso Martinez, do Teatro Oficina, morto no ano passado, que fica ao lado do terreno que sediará o parque.
Em junho, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o Grupo Silvio Santos fecharam um acordo para a criação do parque. Dias depois, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei incluindo a área no Plano Municipal de Parques.
Em agosto, a Prefeitura recebeu um cheque de R$ 65 milhões da Universidade Nove de Julho (Uninove) para a compra do terreno. O dinheiro foi entregue pela universidade após a Justiça ter homologado um acordo de R$ 1 bilhão com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o maior de improbidade administrativa já fechado pelo órgão.
O próximo passo, segundo o Nunes, é a realização do concurso público de arquitetura para definir o projeto de implementação do Parque do Bixiga, nos moldes do realizado pelo governo do estado para a construção da nova sede administrativa na região central de São Paulo.
O concurso será realizado em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira, Nunes disse que pretende lançar a concorrência até o final de setembro e iniciar as obras no início de 2025.
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, afirmou que “até o final do ano que vem, dependendo da complexidade do projeto” o Parque do Bixiga será entregue à população.
Fonte: Oficial
