Um levantamento global realizado pela Philips revelou que apenas 49% das pessoas estão satisfeitas com a própria qualidade do sono. E os impactos de dormir mal vão além do simples cansaço: podem afetar a saúde mental e física. Em entrevista à Agência Brasil, a médica Dalva Poyares, especialista pela Sociedade Americana de Medicina do Sono e pela Associação Brasileira do Sono, afirmou que a falta de descanso pode até contribuir para o surgimento de doenças como diabetes.
Para garantir o sono, evite fazer essas três coisas
Entre as recomendações mais comuns dos especialistas, estão evitar o uso de aparelhos eletrônicos, o consumo de alimentos pesados e de bebidas com cafeína ou álcool antes de dormir. “O indivíduo que tem insônia crônica tem uma chance muito maior de desenvolver hipertensão. Quando o caso é grave, de forma que a pessoa não consiga ter o mínimo de horas de sono durante a noite, isso também pode resultar em alterações metabólicas, que podem até predispor para o aumento de peso e diabetes“, detalhou a especialista.
Embora muita gente não leve isso a sério, os eletrônicos estão entre os maiores vilões da hora de dormir. Isso porque a luz azul emitida por telas de celulares, televisores e tablets engana o cérebro, simulando a luz do sol e interferindo na liberação dos hormônios do sono. Monica Andersen, diretora de Ensino e Pesquisa do Instituto do Sono, explicou à CNN por que é tão difícil se desconectar: “Então recebemos a gratificação cerebral, ou seja, o retorno daquela pesquisa que estava sendo feita. Existe uma saciedade, satisfação, gratificação cerebral que gera um alerta por causa desse ciclo vicioso. Logo, eu faço mais perguntas, tenho mais retorno e mais satisfação cerebral (…) Por isso, é tão difícil quebrar a ação de ficar na internet por muitas horas“, detalhou.
Outro fator importante é a alimentação. Para evitar noites agitadas, o ideal é apostar em refeições leves feitas com antecedência — de preferência, até duas horas antes de se deitar. Bebidas como café, energético ou álcool também devem ser evitadas no período noturno. “O efeito deles no corpo de cada pessoa é individual, mas, no geral, recomendamos que, aproximadamente, em torno de umas quatro horas antes do horário de dormir que a pessoa tente diminuir ou até cessar o uso dessas bebidas“, afirmou a pneumologista Erika Treptow ao canal.