São Paulo — O estado de São Paulo registrou pelo menos 315 casos confirmados de mpox nos primeiros sete meses de 2024, de acordo com último boletim de monitoramento da doença da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Segundo a pasta, entre janeiro e julho deste ano o número de casos da doença cresceu 257% em relação ao mesmo período de 2023, quando 88 casos da doença, conhecida anteriormente como varíola do macacos, foram registrados no estado.
Os números de 2024 estão bem abaixo do registrado em 2022, primeiro ano da doença, quando 4.129 casos de mpox foram registrados no estado durante todo o ano.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do governo do estado, atualizado pela última vez nesta sexta-feira (16/8), registrou 4.813 casos da doença confirmados e 3 óbitos desde o primeiro caso até o momento.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, um número classificado pela pasta como “significativamente menor” quando comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da primeira emergência da doença no país.
Desde 2022, foram registrados ainda 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023.
Nessa quinta-feira (15/8), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou à imprensa sobre a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar ações de resposta à mpox.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou há dois dias a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), em reunião extraordinária realizada nessa quarta-feira (14/8). A alta de casos global, em especial na África Oriental e Central, e as evidências de maior letalidade da doença foram consideradas determinantes para a decisão de reclassificar a doença.
Vacinação
De acordo com Nísia Andrade, há apenas um laboratório que produz vacinas contra a mpox no mundo e o ministério negocia com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) 25 mil doses de vacinação emergencial. Atualmente, no Brasil, há 49 mil doses da vacina.
Apesar disso, segundo a ministra, a população não deve se sentir insegura. “A vacinação nunca será uma estratégia de massa para a mpox. Ela [a vacina] será usada, mas de forma muito seletiva”, explicou a ministra.
No grupo prioritário para receber o imunizante estão as pessoas que vivem com HIV/Aids e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios (pré-exposição).
Além desses grupos, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição).
Os especialistas ainda estudam a eficácia da vacina existente contra a nova cepa do vírus.
Fonte: Oficial