São Paulo — O estado de São Paulo tem a maior porcentagem no Brasil de população exposta de MP2,5, que são partículas de poluição no ar de diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, capazes de serem inaladas por seres humanos e causar doenças respiratórias, cardíacas e até câncer.
Segundo dados do painel de monitoramento de poluição atmosférica do Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, 59,34% da população do estado de São Paulo está exposta ao material particulado fino (MP2,5) em concentração maior que 25 µg/m³, cinco vezes o limite de 5 µg/m³ estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e mais grave classificação do monitoramento.
Essas partículas são geralmente liberadas por fontes como veículos, indústrias e queimadas.
Seguidos de São Paulo, estão Rondônia (4,39%), Pará (2,39%), Amazonas (1,87%) e Minas Gerais (0,11%).
Os estados com concentração de MP2,5 entre 15 e 25 µg/m³ — fator ainda alto –, o Amazonas lidera com 84,70% da população exposta.
Em seguida, vem Rondônia (80,97%), Rio de Janeiro (80,81%), Acre (77,72%), Pará (38,69%), Maranhão (23,69%), São Paulo (15,05%), Mato Grosso (11,82%), Tocantins (9,80%), Minas Gerais (2,63%) e Piauí (2,57%).
Cidades de SP lideram poluição
De acordo com o índice, o estado de São Paulo tem, ainda, as 12 cidades com os piores índices de poluição do ar, com a média alarmante de 39 µg/m³ de material particulado fino. São elas: Araçariguama, Barueri, Caieiras, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itupeva, Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba e Várzea Paulista.
A capital paulista também apresenta níveis elevados de poluição, com 36,5 µg/m³, e Guarulhos, a segunda cidade mais populosa do estado, registra 34,16 µg/m³.
Além disso, todos os 645 municípios paulistas apresentam níveis de poluição acima do recomendado pela OMS.
Fonte: Oficial